COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
USAR O VOTO COM RACIONABILIDADE.
Nobres:
Em
termos da consciência no pleno exercício da cidadania, onde a soberania é impar
neste conceito, instamos às vésperas da eleição, candidatos se mobilizam na
busca dos votos necessários à conquista do mandato público. As campanhas se
estendem por todos os meios de comunicação, estimulando o povo a escolher o
projeto que a maioria considere mais adequado ao país. Este é o momento em
que as pessoas precisam estar atentas, caso contrário partidos viram
siglas, e a suposta “renovação no poder”, tão veiculada pelo estafe dos
políticos, se transforma em uma anedota de muito mau gosto. O voto, mais que um
compromisso mecânico de apertar uma tecla, é um momento solene e inviolável de
cidadania; uma missão-chave atribuída aos filhos da pátria. Entretanto, é
instigante pensar no teor crítico com o qual o eleitor pondera sua escolha na
urna. Terá sido influenciado por um carisma forjado pelo marketing eleitoral?
Recebeu algo em troca? Ou, como todos deveriam proceder, avaliou a história do
candidato antes de cumprir o dever máximo da democracia? Um cidadão precisa ser
crítico e ter pensamento crítico. Mas a crítica como condição intelectual, não
como veiculação escrachada, tal qual fazem os candidatos em época de eleição. O
período de campanha, muitas vezes, se transforma em um jogo de projéteis
verbais; os planos de governo padecem à troca de farpas. Destarte, ninguém é
tão desprezível como pintam os adversários. E ninguém chega ao topo sozinho. Como
escolher, então? Informação. Ir muito além do voto, muito tempo antes. Fazer o
protesto nas urnas e permanecer cobrando os representantes eleitos do início ao
fim do mandato. Para exigir, contudo, é necessário escolher bem, isto é,
avaliar o que os programas de campanha não mostram e conhecer o real
temperamento de quem se está depositando confiança. Antes de gestores públicos,
o Brasil precisa formar eleitores. O voto é uma obra-prima que não se encerra
com a eleição. Trata-se de um contrato de vida, um elo cujas consequências vão
acompanhar o cidadão para sempre, sem a prerrogativa de voltar atrás. Pensando
no futuro, portanto, a escolha se fundamenta de ainda mais importância. Vote
direito! O país precisa de você essa é a oportunidade de tirar da lama política
que está.
Antônio Scarcela
Jorge.
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