RIO DE JANEIRO. Em mais um gesto
de popularização de sua campanha, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio
Neves, anunciou um programa social que prevê o pagamento de um salário mínimo
mensal para que jovens de 18 a 29 anos voltem as escolas para completar os
ensinos fundamental e médio.
O tucano afirmou que há no Brasil
cerca de 20 milhões de jovens com ensino médio e fundamental incompletos (11
milhões no fundamental e 9 milhões no médio) que precisam melhorar o nível de
estudo para ter mais chances de ingressar no mercado de trabalho.
A ideia da bolsa de estudos é
resgatar esses jovens ao longo de dez anos e usar recursos do pré-sal e do
Plano Nacional de Educação.
"São brasileiros esquecidos
do ponto de vista da educação e queremos resgatá-los e vamos buscar essas pessoas
com o Estado pagando uma bolsa de um salário mínimo", disse ele a
jornalistas antes de seguir para São Paulo, onde participará do debate na TV
Bandeirantes.
"O trabalho desses jovens
será estudar", acrescentou.
O programa foi batizado de
Mutirão de Oportunidades e se assemelha ao programa Poupança Jovem criado pelo
tucano em Minas Gerais para diminuir a evasão escolar no Estado, com 120 mil
jovens já beneficiados.
O programa se concentrará nas
regiões mais pobres do país e com maiores percentuais de jovens sem o terem
completado os ensinos fundamental e médio.
Os cursos terão duração de seis
meses a dois anos.
Recentemente, o candidato tucano
usou parte do seu programa eleitoral de rádio e TV para negar boatos de que
iria acabar com o Bolsa Família e atribuiu os rumores ao PT e correligionários.
No último fim de semana, Aécio,
em mais um gesto social, anunciou que um dos critérios de ajuste nas
aposentadorias será o aumento dos preços dos remédios.
CRESCIMENTO ECONÔMICO DE 4,5%
A poucos dias de serem divulgados
os dados sobre o segundo trimestre deste ano, o candidato previu que a economia
brasileira seguirá fraca no ano que vem.
Na sexta-feira, o IBGE divulga a
variação do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre e as indicações
são de um dado negativo, com possibilidade de recessão técnica (quando há dois
trimestres seguidos de queda).
E as projeções econômicas para
este ano como um todo não são animadoras. O boletim Focus do Banco Central
aponta para um crescimento de apenas 0,7 por cento do PIB neste ano.
O tucano afirmou que se eleito
irá resgatar a confiança dos empresários e os investimentos no país, de modo
que a economia possa crescer entre 4 e 4,5 por cento nos dois últimos anos de
mandato.
"Queremos reorganizar as
expectativas do país porque o atual governo não tem mais condições... Vamos
retomar o crescimento e acredito que é possível nos dois últimos anos do
governo alguma coisa entre 4 e 4,5 por cento", afirmou.
Fonte: Reuters.
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