NOVA PESQUISA CNT DIZ QUE
MARINA VENCERIA DILMA.
A candidata do PSB aparece mais uma vez em segundo lugar nas intenções
de voto no primeiro turno.
Brasília. A
pesquisa divulgada ontem, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte
(CNT) e feita pela MDA, apontou que a candidata do PSB, Marina Silva, estaria
no segundo turno da corrida presidencial.
Segundo a sondagem das intenções
de voto, a presidente Dilma Rousseff está em primeiro lugar, com 34,2%, e
Marina, 28,2%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, alcançou 16%. O Pastor
Everaldo (PSC) foi citado por 1,3% dos entrevistados.
Segundo o resultado apresentado
pela CNT, em um eventual confronto do no segundo turno, Marina venceria Dilma
por 43,7% contra 37,8%. Já numa disputa entre Dilma e Aécio, a presidente se
reelegeria com 43% e o tucano, 33,3%. Num embate entre Marina e Aécio, a
candidata do PSB registraria 49% e Aécio, 25%.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas,
em 137 municípios de 24 unidades da federação das cinco regiões, entre os dias
21 e 24 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Comparação
O resultado é semelhante ao
registrado na última pesquisa Ibope. Na sondagem divulgada terça (26), Marina
abriu 10 pontos percentuais no primeiro turno em relação ao terceiro colocado,
Aécio Neves, 29% a 19%. A pesquisa apontou ainda que 78,2% dos entrevistados
afirmaram acreditar que a comoção em torno da morte de Eduardo Campos poderá
influenciar na decisão do voto.
De acordo com a pesquisa CNT/MDA,
72,9% responderam que sua opção de voto é definitiva, enquanto 26% afirmaram
que ainda podem mudar; 1,1% não respondeu.
Rejeição
O levantamento também aferiu o
índice de rejeição dos candidatos. Dilma é a que apresenta menor aceitação,
45,5% afirmaram que não votariam nela de jeito nenhum; Aécio é mal visto por
40,4%, enquanto Marina tem a menor taxa entre os três: 29,3% manifestaram-se
contra ela.
A popularidade do governo Dilma
manteve-se praticamente inalterada. Em 12 de agosto, 33,2% avaliaram
positivamente a gestão; agora, são 33,1%. Para 37,4%, ela faz um governo
regular - em 12 de agosto eram 27,1% - e 28,8% têm uma percepção negativa da
administração - antes, eram 28,9%.
Ataques
A terceira colocação nas
pesquisas recentes de intenção de votos levou Aécio a adaptar seu discurso de
forma a atacar tanto a presidente Dilma quanto a ex-senadora Marina, suas
principais adversárias.
Ontem, em São Paulo, ele chamou o
governo petista de "medíocre" e disse que a pessebista, por sua vez,
precisa explicar "suas contradições". Nesse mote, ironizou afirmação
de um colaborador de Marina, o economista Eduardo Gianetti, de que, eleita, ela
gostaria de ter os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
como aliados. Para Aécio, Marina tem de decidir qual caminho seguir. "É
hora das pessoas dizerem com muito mais clareza do que vêm dizendo até agora o
que pretendem apresentar ao Brasil", disse.
No momento em que a candidata do
PSB disparou nas pesquisas, a coordenação da campanha à reeleição de Dilma
convocou uma reunião, na noite de terça, com secretários-executivos e
secretários nacionais dos ministérios para pedir empenho na disputa.
Apesar de apostar na
desconstrução da imagem de Marina, a equipe resiste em atacar a ex-senadora e
insiste em uma campanha propositiva, focando nas realizações do governo.
"Nada de pânico com pesquisas neste momento. Temos que esperar a evolução
do quadro", disse um auxiliar da presidente.
Candidata
cobra rigor em apuração
São Paulo. A
candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, disse ontem que, enquanto
candidata a vice de Eduardo Campos, não sabia de qualquer irregularidade
envolvendo a contratação da aeronave utilizada na campanha. "Nós tínhamos
informação de que era um empréstimo e que seria feito o ressarcimento no prazo
legal", disse Marina, na entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.
Segundo a presidenciável, o
ressarcimento seria feito ao fim da campanha, pelo comitê financeiro do então
candidato. A ex-ministra afirmou respeitar o trabalho da imprensa, mas disse
ter "compromisso com a verdade". A questão será apurada pelas
investigações da Polícia Federal.
"O nosso interesse e a nossa
determinação é de que essas investigações sejam feitas com todo o rigor para
que não se faça injustiça com a memória de Eduardo", disse. O candidato
morreu em acidente aéreo no dia 13 de agosto.
Questionada se a postura não
contraria seu discurso de rigor ético, ela negou. "Não uso dois pesos e
duas medidas, a métrica que uso com meus adversários é a mesma que uso
comigo", afirmou, dizendo que não pretende "tangenciar ou se livrar
do problema" e sim enfrentar para que a sociedade possa ter acesso às
informações sobre o caso. Ela disse esperar que o possível uso de empresários
como laranjas seja investigado com rigor.
Colisão com
drone.
A possibilidade de um veículo
aéreo não tripulado da Aeronáutica ter colidido com o avião em que estava
Campos é uma "hipótese real", disse Antônio Campos, irmão do
candidato.
Fonte: DN.
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