COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
O CAOS NA SAÚDE.
Nobres:
O Brasil passa
por diversificadas crises que se inicia pela questão política ensaiada nas
ações corruptas no que refletem nos setores básicos da população: ausência na
saúde, segurança, educação, mobilização e infraestrutura, entre desleixes se
acentua na grande preocupação da população brasileira é a saúde. As analises
não mostram exatamente o que a população entende por saúde, mas é de se
imaginar que estejam pensando em assistência médica e assistência médica para
todos e de boa qualidade. Neste caso haveria a necessidade de discutir com a
sociedade preocupada qual a prioridade nos gastos que gostaríamos de dar frente
a um orçamento sabidamente limitado e é aí que o assunto complica. Nós teríamos
que escolher, por exemplo, entre uma medicina básica para todos os cidadãos
brasileiros, tipo Canadá, ou custear uma medicina mais sofisticada e cara, com
exames de última geração e procedimentos complexos, mas que pelos custos se destinariam
a cobrir despesas de alguns. Na segunda hipótese, teríamos que aceitar como
inevitável que pacientes morreriam por falta de tratamento básico destinado a
curar 90% dos enfermos, se quiséssemos continuar a ser o país com o maior
número de aparelhos de tomografia do mundo, ou aceitar que muitas cefaleias não
seriam triadas por ressonância magnética, no caso de se optar por priorizar um
atendimento básico e, assim agindo, correr o risco de deixar passar um tumor
cerebral sem o devido diagnosticado. Não há mágica possível, atendimento médico
pode ser barato como um exame de glicose pago pelo SUS, menos de R$ 2, ou caro
como um transplante. A questão é que não há recursos para cobrir todos os
gastos possíveis, mesmo que dobrássemos o orçamento. Priorizar gastos é fazer
política de saúde e priorizar com base em algo racional e defensável
cientificamente é uma necessidade em um país com nossas características epidemiológicas
e econômicas. Cabe às autoridades constituídas convocar a sociedade para este
debate aberto e direto sobre que modelo de assistência médica queremos
implantar aqui, caso contrário vamos continuar eternamente a nos queixar de
filas para consultas e longa espera por cirurgias que não têm um apelo maior de
mercado convivendo com pacientes e hospitais afortunados que consomem milhões.
Não priorizar é fazer de conta que todos estão tendo o melhor possível, mas na
realidade é gastar muito sem obter o melhor resultado possível. Nos conclusos é
de “sabedoria pública que o sistema de saúde pública é efetivamente uma
lástima”. É o que o cotidiano diz.
Antônio Scarcela
Jorge.
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