segunda-feira, 18 de agosto de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

POSSÍVEL LIMPEZA PARA OS FICHAS SUJAS.
Nobres:
Como é habitual a cultura brasileira, expor no sentido de protelar ações que venham contrariar interesses, especialmente os legisladores que não querem se transformar em “raposas” e, apesar de ter sido promovido e obviamente chegado ao Congresso Nacional por iniciativa popular outorgada preliminarmente por mais de um milhão de assinaturas. A chamada Lei da Ficha Limpa desde que entrou em vigor há quase quatro anos, ainda está sendo protelada nestas eleições. Em 2012, quando já deveria ter sido levado em conta à risca esse instrumento de moralização ainda está cercado de dúvidas continuem enfrentando pendências eleitorais ainda hoje. Embora se faça acreditar na essência de sua eficácia, marginais potencialmente fortes minoritários da política insistem em se abriga-la no sentido paralelo de instar nos atos criminosos ao manto da impunidade. Agora em tese, significa uma segurança adicional para os eleitores, que correrão menos riscos de escolher um candidato com pendências judiciais. Por uma série de razões, porém, é bom que os brasileiros se mantenham atentos e que os partidos políticos ajam com seriedade na definição de suas nominatas exceção aqueles que são chamados pela cúpula de “heróis nacionais”. É de lembrança, que há quatro anos, quando normas mais rígidas já tinham sido adotadas, dezenas de postulantes a cargos eletivos concorreram em situação sub judice. (um câncer no normativo legal dado a má intenção interpretativa). Nessa condição, políticos colocam seus interesses pessoais acima de tudo, insistindo em concorrer. Muitos deles acabaram tomando posse, sob a alegação de que a legislação não poderia valer na s eleições pretéritas  pleito por ter sido criada menos de um ano antes da eleição. Um atalho absurdo embora legal que requer ética e seriedade em um país que a ausência desse preceito é otimizada pela máfia poderosa, que o eleitor tem a missão de expulsá-la do meio social.  Mesmo assim livrando a potência do corporativismo de integrantes de algumas instituições a estimativa é de que poucos políticos em débito com o Judiciário irão se aventurar numa candidatura, pois as chances de conseguirem burlar a lei são consideradas remotas é por deveras lamentável para a sociedade comum que os tribunais de Justiça não vêm conseguindo cumprir as metas com as quais se comprometeram em relação ao julgamento dos processos de improbidade administrativa e ações penais relacionadas a crimes contra a administração pública, entre os quais a corrupção. O fato ainda ter sido julgado apenas 55,95% dessas ações por tribunais regionais federais, estaduais e superiores mostra que, apesar de casos exemplares como o do mensalão, o país continua convivendo com a impunidade no cotidiano. São conseqüências de “férias” quase intermináveis, incluindo recessos, semana de trabalho que não passam de três dias etc... A principal alegação do Judiciário é falta de estrutura adequada para agir diante de denúncias, o que é preocupante, pois acaba estimulando uma prática da qual o país deveria tentar se livrar pela vontade da maioria, não apenas devido ao rigor da legislação. Não adianta o país dispor de normas rígidas contra a corrupção, asseguradas por pressão popular, se as instituições não cumprirem à risca a sua parte. Em síntese seria necessário que a sociedade em um todo dispusesse a exigência de seus representantes para efeitos de consolidação. Não há corporativismo quando o eleitor se manifesta junto às urnas.

Antônio Scarcela Jorge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário