segunda-feira, 11 de agosto de 2014





SEGURANÇA PÚBLICA
MAPA EXPÕE QUADRO DE VIOLÊNCIA QUE DESAFIA GOVERNOS NO BRASIL

Em 2012, morreram a cada dia 154 pessoas, em média, vítimas de homicídio no Brasil, resultando no maior número absoluto de assassinatos e a taxa mais alta de homicídios desde 1980. No total, 56.337 pessoas foram assassinadas nesse ano. Os dados são do último Mapa da Violência.

A taxa de homicídios aumentou em 7% entre 2011 e 2012, chegando a 29 homicídios para cada 100 mil habitantes. De 2002 até o 2012 foram assassinadas 556 mil pessoas, “quantitativo que excede, largamente, o número de mortes da maioria dos conflitos armados registrados no mundo”, ressalta o estudo.

Os dados de 2012, último ano da série projetada pelo estudo, revelam também que as principais vítimas foram jovens do sexo masculino e negros. O Mapa da Violência utiliza informações do DATASUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

Por outro lado, informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de junho de 2014 mostram que o Brasil já possui a terceira maior população carcerária do mundo, com 711.463 presos, atrás apenas de Estados Unidos e China.

Evolução

Segundo o Mapa da Violência, durante o período de 2002 a 2012, ocorreu crescimento dos homicídios em 20 das 27 unidades da Federação. Em sete delas o crescimento foi “explosivo”: Maranhão, Ceará, Paraíba, Pará, Amazonas, Rio Grande do Norte e a Bahia.

Compensando esse crescimento, sete estados apresentaram fortes quedas: Mato Grosso, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pernambuco e, especialmente, Rio de Janeiro e São Paulo.

A evolução desses índices no País, porém, não foi uniforme no tempo e no espaço. De acordo com o estudo, entre 1980 e 2003, com algumas oscilações, foi observado um crescimento acelerado das taxas de homicídio principalmente em um pequeno grupo de grandes metrópoles que atraíram “investimentos e população juntamente com violência e criminalidade”.

Entre 2003 e 2007, “a estratégia nacional de desarmamento concomitantemente a políticas exitosas de enfrentamento à violência em uns poucos estados com índices elevados e de forte peso demográfico” originaram inicialmente “quedas e, mais tarde, certa estabilização nas taxas de homicídio”. Porém, entre 2007 e 2012, “as taxas retomam tendência crescente, passando de 25,2 em 2007 para 29,0 em 2012”.

Fonte: O POVO.



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