Senador e provável candidato a
presidente rebateu críticas do ex-presidente sobre o governo FHC.
O presidente do PSDB, senador
Aécio Neves (MG), rebateu nesta quinta-feira (31) as declarações do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que no governo de Fernando Henrique
Cardoso o País teria quebrado e criado um ambiente de insegurança para os
brasileiros.
"O presidente Lula tem que
parar de brigar com a história. Se não houvesse o governo do Fernando Henrique,
com a estabilidade econômica, com a modernização da economia, não teria havido
sequer o governo do presidente Lula", afirmou Aécio Neves, que participa
nesta quinta de um evento do PSDB do Distrito Federal.
Após evento em comemoração aos
dez anos do Bolsa Família, nesta quarta (30), em Brasília, Lula disse a
jornalistas que tinha herdado de Fernando Henrique Cardoso um país muito
"inseguro" e com nenhuma estabilidade na área econômica.
Para o senador Aécio Neves,
potencial candidato à Presidência da República em 2014, as reações de Lula demonstram
falta de serenidade. "Essas últimas aparições e falas do presidente Lula
não são de quem está sereno, de quem está confiante. Não há como brigar com a
realidade", afirmou.
Em tom irônico, o tucano
considerou ainda que entre as virtudes do ex-presidente Lula estava a de dar
continuidade nos programas sociais criados na gestão FHC e na área econômica.
"O presidente Lula teve duas importantes virtudes no seu governo, quando
ele dá sequência e amplia os programas sociais e quando, contrariando o discurso
de sua campanha, mantém a política macroeconômica do governo anterior, aquilo
que nós chamamos de tripé macroeconômico", disse. "Portanto é uma
bobagem. Ele esqueceu o que vem antes dele. Acho que é uma demonstração de
fragilidade e de grande incoerência", acrescentou.
Campanha
Em um segundo momento, Aécio
também focou suas críticas à presidente Dilma Rousseff. Para Aécio, a
presidente fez um ato de campanha ao fazer o evento dos dez anos do Bolsa
Família. "A presidente não tem uma agenda de presidente, tem uma agenda de
candidata. Os brasileiros pagaram, porque foi feito com dinheiro público, um
ato de campanha eleitoral. Nada havia ali de governo, mas ao custo do
governo", afirmou.
Para o tucano, os atos realizados
pela presidente também demonstram "ansiedade" por parte do PT em
relação à campanha presidencial de 2014. "Vejo o PT hoje muito ansioso e
aflito duvidando das condições da presidente da República, que acho que não são
boas. Se alguém tem hoje efetivamente um conflito interno é o PT", disse o
senador.
Fonte: Agência Estado.
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