quarta-feira, 27 de novembro de 2013

PAPA FRANCISCO ADMITE REFORMAS NA IGREJA CATÓLICA

 PAPA DEFENDE REFORMAS COM DESCENTRALIZAÇÃO DO PODER NA IGREJA

O papa Francisco defendeu em um documento divulgado nesta terça-feira a descentralização do poder da Igreja Católica e disse estar aberto a sugestões para programar mudanças no poder do papado.

O documento, chamado Exortação Apostólica, está sendo considerado o de maior importância escrito por Francisco desde que assumiu o pontificado, em março.

O pontífice disse que prefere uma "Igreja machucada e suja por ter estado nas ruas do que uma Igreja que não é saudável por estar confinada e apegada à própria segurança".

O documento sugere que muitas mudanças estão por vir e traz um programa ambicioso para tentar reacender o fervor da missão missionária da Igreja, afirma o repórter da BBC em Roma David Willey.

Mulheres e muçulmanos

Francisco, que tem firmado posições diferentes das de seus antecessores em diferentes questões, observa no documento que a Igreja deve superar "a atitude de que as coisas devem ser feitas sempre da mesma maneira".

A Exortação, no entanto, reitera a oposição da Igreja em relação à ordenação de mulheres, afirmando que a questão "não está aberta à discussão".

"Centralização excessiva, em vez de se provar prestativa, complica a vida da Igreja e seu alcance missionário."
Papa Francisco
O documento também aborda relações inter-religiosas e pede aos cristãos que "abracem com afeto e respeito os imigrantes muçulmanos em nossos países da mesma forma como esperamos e pedimos que sejamos recebidos e respeitados em países de tradições islâmicas."

No mês passado, o papa Francisco faz a primeira reunião com um grupo especial de cardeais para considerar maneiras de reformar a burocracia da Santa Sé, após declarar em entrevista a um jornal que o Vaticano havia se tornado muito interessado em si mesmo e precisa ser mais inclusivo.

"Centralização excessiva, em vez de se provar prestativa, complica a vida da Igreja e seu alcance missionário", diz ele no documento.

O papa ainda diz não acreditar que o papado deva "oferecer uma palavra completa e definitiva em todas as questões que afetam a Igreja e o mundo".

Neste mês, o Vaticano lançou uma pesquisa sem precedentes sobre a visão de leigos católicos a respeito da vida moderna e da ética sexual.

Fonte: Agência Brasil.


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