quinta-feira, 21 de novembro de 2013

RETALIAÇÃO

 CÂMARA DEVE LEVAR CASSAÇÃO DE GENOINO PARA O PLENÁRIO.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PT-RN), afirmou nesta quarta-feira que a mesa diretora da Casa se reunirá amanhã para começar o processo de representação contra o deputado licenciado José Genoino (PT-SP), preso após ter sido condenado no julgamento do mensalão. Segundo Alves, a Câmara deverá cumprir o rito normal do processo de cassação, e não declarar a perda de mandato automaticamente, como determinou o Supremo Tribunal Federal (STF).

"A decisão da Mesa será, a meu ver, no sentido de que se dê realmente partida a esse processo e encaminhamento à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania). É o primeiro passo regimental a ser executado. A partir daí, a comissão vai examinar, vai abrir o prazo para o direito de defesa, todo o procedimento como aconteceu no caso do Natan Donadon", disse Alves, lembrando da situação do deputado de Rondônia que foi preso em regime fechado e, mais tarde, absolvido pelo plenário da Câmara no processo de cassação. O caso Donadon levou Alves a prometer que não colocaria mais cassações de mandatos de parlamentares em votação secreta.

No ano passado, o Supremo decidiu que os deputados condenados no julgamento do mensalão deveriam perder automaticamente os mandatos, sem passar por deliberação no plenário da Câmara. A decisão foi criticada por deputados. Neste ano, com a Corte renovada, o tribunal entendeu durante julgamento do senador Ivo Cassol (PP-RO), que a prerrogativa de decretar a perda do mandato é do Congresso.

É possível que a questão volte a ser debatida no STF durante a análise de embargos infringentes. Outros três condenados no julgamento possuem mandato parlamentar: Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-SP). Os dois primeiros podem ter a prisão decretada ainda nesta semana, enquanto Cunha ficou em liberdade por ter tido um recurso acolhido na última vez que o STF se reuniu para analisar embargos do mensalão.

Genoino continuará recebendo salário R$ 26,7 mil enquanto for considerado parlamentar, por estar de licença médica. Segundo Alves, o parlamentar, por estar de licença, perdeu os demais benefícios.

Fonte: Agência Brasil.








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