BRASÍLIA - O senado adiou
novamente a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o
voto aberto para todas as modalidades de voto no Poder Legislativo. O anúncio
foi feito na tarde desta quarta-feira, 20, pelo presidente da Casa, Renan Calheiros
(PMDB-AL). A decisão ocorre no dia em que a Câmara dos Deputados anunciou que
vai abrir, nesta quinta, processo de cassação contra o deputado licenciado José
Genoino (SP), o ex-presidente do PT condenado no processo do mensalão e preso
desde o último dia 15.
Pelas regras atuais, o processo
contra Genoino ainda será votado secretamente.
As justificativas oficiais pelo
adiamento são o fato de que há cerca de 10 senadores fora da Casa, em missão
oficial, e a decisão de antecipar para as 17 horas a sessão conjunta do
Congresso Nacional para votar, entre outros temas, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e o projeto que desobriga a União de cobrir as metas de
superávit primário não cumpridas por Estados e municípios.
A votação da proposta que institui
o voto secreto já havia sido adiada na última terça.
Renan Calheiros disse que líderes
partidários pediram a ele o adiamento. "Mas eles querem adiar para que a
participação do Senado seja mais expressiva, marcando com uma certa
antecedência", justificou.
O presidente do Senado disse que
não há acordo sobre quais modalidades de voto secreto podem ser abolidas.
"Não há como apaziguá-las (as divergências), vai ter que votar
mesmo", afirmou. Ele disse que "sinceramente" não sabe se vai ter
49 votos favoráveis para aprovar o fim do voto secreto para casos de perda de
mandato parlamentar.
Fonte: Agência Brasil.
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