segunda-feira, 11 de novembro de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 11 DE NOVEMBRO DE 2013

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

CONTEMPORIZAR DIANTE DA RAZÃO.

Nobres:
O País torna-se por eloquência os costumes e a cultura de um povo que se torna imutável e que absurdos se tornam normativo e de melindres quando não é absorvido por um segmento. Um dos acontecimentos de notabilidade criaram divergências entre a presidente Dilma Rousseff e o Tribunal de Contas da União (TCU) em relação à paralisação de uma série de projetos do setor público por indícios de irregularidades chamam a atenção para um problema comum: a falta de preparo do país para planejar obras e fiscalizar seu andamento de forma criteriosa. Próximo do último ano de mandato e às vésperas do início da campanha à reeleição, é natural que a presidente se preocupe em inaugurar, dentro do prazo, obras com as quais se comprometeu perante os brasileiros. Da mesma forma, é atribuição do TCU agir sempre que ocorrem excessos. A palavra final será do Congresso, pois cabe à Comissão Mista de Orçamento decidir o cronograma de liberação de verbas para 2014. Ainda assim, é importante que o alerta reforce a necessidade de ações preventivas, começando pelos editais e estendendo-se até a efetiva conclusão dos empreendimentos. Por esta razão chegamos a triste conclusão que o casamento do engano com a fraude é a única união indissolúvel nestes tempos em que os falsários se tornaram os grandes mestres e tudo virou fantasia ou mentira. Por isso: para nos defendermos, passamos a desconfiar também de tudo e, assim, nos transformamos em vítimas da própria trapaça. Sim, pois nada é mais destrutivo do que a desconfiança. Dela surgem a insegurança, o medo e a incerteza, que são piores do que as epidemias. Essa é a razão de tudo. Obras públicas não podem se prestar apenas para cerimônias de lançamento de pedra fundamental, de inauguração oficial, de mote para a atração de eleitores em período eleitoral. É preciso, acima de tudo, que sejam concebidas adequadamente para os objetivos aos quais se propõem, desde a fase de licitação até a de execução, com ênfase permanente na fiscalização em todas as etapas. Um pressuposto para isso é assegurar sempre o máximo de transparência em todas as etapas. E é importante que o poder público possa recorrer cada vez mais à digitalização dos processos, com o objetivo de facilitar o acompanhamento comum mínimo de custos. Infelizmente, ainda falta muito para que o país se mostre em condições de fazer o máximo possível para a sociedade com um mínimo de desperdício no setor público. Enquanto isso não ocorre, o jeito será conciliar a intenção de empreender por parte de quem está no comando do Executivo com o máximo de eficiência em todas as etapas dos projetos. Para aperfeiçoar o Brasil a presidente deveria determinar ações que venham incorrer na apuração dos fatos e não incomodar-se diante de um quadro que dá sentido a projeções escusas e que certamente seria receptivo para sociedade se agisse de forma ética em que a sociedade tanto almeja.

Antônio Scarcela Jorge.

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