sábado, 9 de novembro de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 9 DE NOVEMBRO DE 2013

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

ESCOLA INFLEXÍVEL.

Nobres:
O país evidencia no momento as mudanças que a sociedade pede para transformar os setores básicos de ações de governo para que se formate um novo conceito para as políticas públicas essencialmente necessárias para prover o desenvolvimento de todos os segmentos da nação. Dentro deste contexto se insere a educação como fator essencial para se estabelecer. Para que efetivamente haja empenho compreende rever esta questão que naturalmente há dois tipos básicos de mudança: aquele que busca mudar questões técnicas, de recursos, enfim o que é periférico e aquele que pensa em mudar o que importa realmente. Na escola, o que se quer, com a mudança, é aperfeiçoar as armas e as técnicas dos que acertam pouco. Muito raras as pessoas que vão ao núcleo da questão e se perguntam o que se ganha se alunos saírem da escola sabendo alguma coisa de logaritmos, o nome de alguns ossos do corpo, a fórmula do benzeno, algumas fórmulas da dinâmica dos fluidos. O pior é que a sociedade culpa os alunos: “Eles não querem nada com nada”. Há os que se esforçam porque querem “passar no vestibular” até ganham presentes por isto, mas não parece inteligente esperar que alguém se interesse pelo nome das batalhas da Guerra do Paraguai, pela diferença entre a vogal e a semivogal. Em síntese, a escola reproduz a sociedade na qual se insere de um modo muito mais profundo do que se pensa. Uma escola de uma sociedade desigual produz e aprofunda a desigualdade. A mudança curricular seria a saída para se instar mudanças que ao longo dos anos nada mudou.
Antônio Scarcela Jorge.

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