COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
ESCOLA INFLEXÍVEL.
Nobres:
O
país evidencia no momento as mudanças que a sociedade pede para transformar os
setores básicos de ações de governo para que se formate um novo conceito para
as políticas públicas essencialmente necessárias para prover o desenvolvimento
de todos os segmentos da nação. Dentro deste contexto se insere a educação como
fator essencial para se estabelecer. Para que efetivamente haja empenho
compreende rever esta questão que naturalmente há dois tipos básicos de
mudança: aquele que busca mudar questões técnicas, de recursos, enfim o que é
periférico e aquele que pensa em mudar o que importa realmente. Na escola, o
que se quer, com a mudança, é aperfeiçoar as armas e as técnicas dos que acertam
pouco. Muito raras as pessoas que vão ao núcleo da questão e se perguntam o que
se ganha se alunos saírem da escola sabendo alguma coisa de logaritmos, o nome
de alguns ossos do corpo, a fórmula do benzeno, algumas fórmulas da dinâmica
dos fluidos. O pior é que a sociedade culpa os alunos: “Eles não querem nada
com nada”. Há os que se esforçam porque querem “passar no vestibular” até
ganham presentes por isto, mas não parece inteligente esperar que alguém se
interesse pelo nome das batalhas da Guerra do Paraguai, pela diferença entre a
vogal e a semivogal. Em síntese, a escola reproduz a sociedade na qual se
insere de um modo muito mais profundo do que se pensa. Uma escola de uma
sociedade desigual produz e aprofunda a desigualdade. A mudança curricular seria
a saída para se instar mudanças que ao longo dos anos nada mudou.
Antônio Scarcela Jorge.
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