Orçamento impositivo e voto
aberto em debate
Brasília. Duas propostas de emenda à Constituição - a do orçamento impositivo e a
que acaba com todo tipo de voto secreto no Legislativo - devem ser votadas a
partir de amanhã no plenário do Senado. O anúncio dessas votações foi feito
pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), na última quarta-feira. A
PEC do Orçamento Impositivo (PEC 22 A/2000) foi apresentada pelo então senador
Antônio Carlos Magalhães.
O texto aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e que será examinado pelos senadores, prevê que a União ficará obrigada a liberar o dinheiro das emendas dos parlamentares ao Orçamento da União, até o limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. Além disso, a proposta cria fonte de financiamento estável para a saúde pública, uma vez que 50% dessas emendas parlamentares serão destinadas ao setor. A expectativa é que essa PEC seja votada, pelo menos em primeiro turno, na terça-feira.
Polêmica
Na quarta-feira, os senadores devem examinar a proposta de emenda à constituição (PEC 43/13) que acaba com todo tipo de votação secreta na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas assembleias legislativas estaduais, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas câmaras de vereadores.
Essa votação deve ser mais
polêmica, a julgar pelos debates ocorridos no último dia 30. Naquela sessão
havia a possibilidade de essa proposta ser votada, mas o líder do PSDB, Aloysio
Nunes Ferreira (SP), pediu mais tempo para melhor análise do texto. O líder
tucano considera o fim de todos os votos secretos no Poder Legislativo um
"verdadeiro suicídio institucional".
O senador Walter Pinheiro (PT-BA), por sua vez, afirmou que a bancada do Partido dos Trabalhadores apoia "integralmente a questão do voto aberto em todas as circunstâncias no parlamento brasileiro".
O senador Walter Pinheiro (PT-BA), por sua vez, afirmou que a bancada do Partido dos Trabalhadores apoia "integralmente a questão do voto aberto em todas as circunstâncias no parlamento brasileiro".
O relator da proposta na Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Sérgio Souza (PMDB-PR), admite que
falta unanimidade quanto ao voto aberto, mas defende que a emenda
constitucional deva ser votada o quanto antes e lamentou que essa votação já
não tenha acontecido na quarta-feira.
Trabalho escravo
Os senadores também podem votar, na próxima semana, a proposta de emenda à constituição (PEC 57A/1999) que pune quem explora trabalho escravo.
Trabalho escravo
Os senadores também podem votar, na próxima semana, a proposta de emenda à constituição (PEC 57A/1999) que pune quem explora trabalho escravo.
Segundo o texto, comete esse
crime quem força outra pessoa a trabalhar mediante coação ou restrição de
liberdade, quem obriga o trabalhador a uma jornada exaustiva, em condições
degradantes, ou que dificulta sua locomoção por conta de dívidas. A punição é a
expropriação da área, rural ou urbana, para fins de reforma agrária ou para
programas habitacionais.
Ainda sobre a punição à exploração do trabalho escravo, os senadores devem votar o Projeto de Lei do Senado 432/2013, da Comissão Mista de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação de Dispositivos da Constituição Federal, que regulamenta a expropriação das propriedades rurais e urbanas onde se encontre trabalho escravo. A Constituição Federal estabelece que uma proposta de emenda constitucional tem que passar por cinco sessões de discussão em primeiro turno e outras três em segundo turno.
Ainda sobre a punição à exploração do trabalho escravo, os senadores devem votar o Projeto de Lei do Senado 432/2013, da Comissão Mista de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação de Dispositivos da Constituição Federal, que regulamenta a expropriação das propriedades rurais e urbanas onde se encontre trabalho escravo. A Constituição Federal estabelece que uma proposta de emenda constitucional tem que passar por cinco sessões de discussão em primeiro turno e outras três em segundo turno.
Para ser aprovada, deve receber o
voto favorável de três quintos dos senadores, ou seja, 49 votos, em cada turno.
Fonte: Agência
Nacional.
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