sábado, 16 de novembro de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 16 DE NOVEMBRO DE 2013

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

O BRASIL COTIDIANO.

“Contextos em apreciação”.

A “EXCELÊNCIA” DA CORRUPÇÃO.

Nobres:
Mesmo diante de toda aberração imperiosa em nosso país, sempre estamos surpresos em que segmentos  da nossa sociedade vem a público defender políticos envolvidos em corrupção (exemplo: caso mensalão) onde pessoas certamente alienados aos seus interesses pessoais os tacham de honestos e que estão sendo vítimas do povo. Os defensores, hábitos a enganar e enrolar a população usa de argumentos sutis e desqualificados para se estabelecer dessa “consideração”. Poderia apreciar com bom senso para enxergar que um País que tem um Governo, representado por um Partido Político, ostenta em suas mãos quase 80% do Congresso, controla sindicatos, ONGS, UNE amplo apoio de poderosas organizações como FEBRABAN e FIESP, uma rede enorme de jornalistas simpáticos ou mesmo pagos pelo Governo, torna-se cada vez mais difícil lutar contra esta maioria, e mesmo muito mais difícil tem sido se manifestar de qualquer forma contra este bando de quadrilheiros, amplo e confuso que sustenta o grupo no poder. E não se está a falar aqui apenas de críticas filosóficas ou profundamente políticas não, até porque não há, nesta grande rede de alianças que governa o Brasil, um pensamento claro e definido sobre a estratégia de Governo. É quase coisa de maluco notar e criticar coisas absurdas como a desconexão do Ministro da Fazenda com a realidade; a administração ruinosa e corrupta da Petrobrás; a perpetuação das piores práticas no trato com o dinheiro público; o apoio e defesa de políticos que há décadas só fazem crescer o currículo criminal; o preocupante crescimento da inflação; o descaso absoluto com a Segurança Pública; a total inexistência de políticas públicas voltadas para a melhoria da educação de base, etc. São inúmeros os defeitos deste Governo, como é de se esperar de um estado tão gigantesco, desnorteado e sem autocrítica necessária. Quando surgem vozes dissonantes aqui e ali, mesmo em termos comportamentais ou culturais, a turma entusiasta deste aglomerado já tem na ponta da língua o conjunto de chavões para desacreditar os ousados e irresponsáveis que não seguem a corrente: São reacionários! Insistiu na crítica? Então é fascista. Contestou ainda mais? Nazista, elitista, antipatriota, higienista e inimigo do povo. É contra esta intolerância à opinião, à crítica ideológica e factual, ao direito de pensar diferente daqueles que exercem a imparcialidade nessas apreciações. Erros e denúncias a apontar; exageros e ações inaceitáveis não faltam a este Governo e ao pensamento político que guia suas ações! Esse serão sempre alijado e enojado por essa gana de corruptos seja em comum no poder nacional estadual e especialmente nos municípios onde se detecta maior referência de desvios do erário de conduta e de caráter.

RESGATAR O BRASIL.

O fanatismo evidente dos adeptos do petismo que teimam em ofuscar os fatos e as razões da ausência de racionalidade contraditoriamente, serem possuidores de “excelente” nível cultural. Dentro do contexto analítico e imparcial sendo a nossa filosofia de vida se instar, mesmo que com o emaranhado de minúcias jurídicas que confunde a opinião pública, é histórica a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de mandar para a cadeia líderes políticos, publicitários e operadores do sistema financeiro por envolvimento num dos maiores escândalos de corrupção no país. Todos os recursos dos acusados de negociar apoio parlamentar no primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva estão sendo examinadas, todas as partes estão sendo ouvidas e a Suprema Corte demonstrou sintonia com as expectativas da sociedade. O gesto está longe de significar o fim da corrupção, que é apartidária e sistêmica, como indicam outros casos rumorosos em apuração no país. Ainda assim, demonstra que a sociedade dispõe de instrumentos e instituições para enfrentar a impunidade. É significativo que o mesmo sentimento de impaciência em analogia à postergação do desfecho do caso, presente nos brasileiros de maneira geral, tenha se revelado também na tensa sessão na qual os integrantes do STF seguiram o entendimento do relator do processo, Joaquim Barbosa. Coube ao ministro Luís Roberto Barroso traduzi-lo com clareza ao ressaltar que, um dia, o processo acaba e a decisão precisa ser cumprida, concluindo: “Refletimos que, em relação a este processo, esse dia chegou”. Em consequência, tanto réus ainda a serem submetidos a um novo julgamento, como é o caso do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente do PT José Genoino, entre outros, por terem recorrido como os que não podem mais apresentar recursos começam a cumprir suas penas imediatamente. E essa é uma resposta importante à impunidade. Ainda assim, não basta o Judiciário fazer a sua parte, agindo com rigor contra os envolvidos em escândalos como o do mensalão, se o Executivo e o Legislativo continuarem permeáveis à corrupção. A excessiva concentração de poderes no Executivo, por exemplo, acaba incentivando um relacionamento promíscuo com o Legislativo. Muitos legisladores insistem em recorrer a mecanismos pouco ortodoxos e nada éticos sob o argumento de que precisam assegurar vantagens para suas bases eleitorais. E o próprio Congresso, que já tem entre seus integrantes um deputado federal residente no presídio da Papuda, está desafiado agora a decidir em sintonia com a ética em relação ao mandato dos parlamentares condenados no caso do mensalão.
A resistência da Câmara em aprovar a chamada PEC dos mensaleiros, prevendo a perda imediata de mandatos em casos de condenações criminais, dá uma ideia da dificuldade do Legislativo em fazer sua parte. Por isso, a decisão do STF é um marco importante, mas só terá efeitos realmente transformadores se a sociedade pressionar por uma mudança comportamental em todos os poderes, capaz de intimidar não só os corruptos, mas também os corruptores. Parece que o Brasil vai mudar o costume dos políticos cuja aptidão exige a pratica corrupta para se estabelecer.

Antônio Scarcela Jorge.

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