POLÍTICA MONETÁRIA DEVE CONTINUAR "ESPECIALMENTE VIGILANTE".
O presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, reforçou nesta segunda-feira que a autoridade monetária tem
de permanecer "especialmente vigilante" no combate à alta dos preços,
expressão que o BC tem usado desde o início do atual ciclo de aperto monetário,
em abril passado. - "O Banco Central do Brasil tem agido para fazer com
que a variação dos índices de preços observada nos últimos 12 meses seja
percebida pelos agentes econômicos como um processo de curta duração. Dessa
forma, a persistência da inflação tende a diminuir", afirmou Tombini
durante abertura do V Fórum sobre Inclusão Financeira, em Fortaleza. - "Entretanto,
para que a inflação observada nos últimos 12 meses efetivamente se revele um
processo de curta duração, a política monetária deve se manter especialmente
vigilante". - A inflação medida pelo IPCA continua em patamares
considerados elevados, próxima de 6 por cento. A meta do governo é de 4,5 por
cento, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para
baixo. - A maioria dos agentes econômicos acredita que a inflação não deve
perder muita força pelo menos até o próximo ano. - Em setembro, o IPCA acumulou
alta de 5,86 por cento em 12 meses e foi um dos pilares para que o Comitê de
Política Monetária (Copom) do BC mantivesse o ritmo de alta da taxa básica de
juro Selic, levando-a ao atual patamar de 9,50 por cento. A expectativa é de
que a Selic continue subindo. - Durante sua fala, o presidente do BC disse
ainda que o controle da inflação ajuda a estimular a confiança e os
investimentos, e argumentou que a crescimento econômico brasileiro tem se
materializado de forma gradual. - "A velocidade de materialização dos
ganhos esperados depende do fortalecimento da confiança das empresas e das
famílias", afirmou ele. "A expansão dos investimentos será
consequência da velocidade do fortalecimento em que a confiança se
materializar". - Tombini também afirmou que a recuperação global vai
ajudar a atividade local. - "As perspectivas de maior crescimento global,
em particular de importantes parceiros comerciais do Brasil, militam no sentido
de que a demanda externa tende a contribuir mais intensamente do que nos
últimos anos para o crescimento da economia brasileira".
Fonte: - Reuters.
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