quarta-feira, 8 de outubro de 2014

SUCESSÃO PRESIDENCIAL - AÉCIO DE PRINCÍPIO EVITA SE POSICIONAR

 AÉCIO EVITA SE POSICIONAR SOBRE FIM DA REELEIÇÃO PARA O PRÓXIMO MANDATO DE PRESIDENTE.

Candidato procurou vice de Marina; campanha tucana deseja apoio de Beto Albuquerque no Rio Grande do Sul.

SÃO PAULO - O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) reafirmou nesta terça-feira seu compromisso com o fim da reeleição, mas continuou não se posicionando se é a favor de que a mudança entre em vigor já para o próximo presidente eleito. Ele disse que essa é uma discussão que precisa ser feita pelo Congresso Nacional.

O tema tem pautado os primeiros dias do segundo turno da campanha tucano porque ele é um dos compromissos que a então presidenciável Marina Silva (PSB) exige para apoiá-lo. Marina sempre disse nesta eleição que não se candidataria à reeleição, se eleita.

- Eu sou a favor do mandato de cinco anos sem reeleição para todos os cargos públicos. A questão desse mandato em especial precisa ser discutida no Congresso por uma razão específica: não estamos falando do fim da reeleição para o presidente da República apenas, onde a decisão unilateral do candidato resolveria o problema. Estamos falando do fim da reeleição de governadores e prefeitos. Então precisa haver um entendimento no Congresso Nacional. Mas a tese do fim da reeleição e mandato de cinco anos é uma tese que eu advogo e defendo há muito anos, afirmou Aécio.

Perguntado se ele abriria mão da recondução no caso de ser eleito, Aécio não se posicionou.

- É uma questão a ser discutida. Não morro de amores pela reeleição.

O candidato voltou a dizer que, apesar de o PSDB ter votado a favor da reeleição para permitir a recondução do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto, a extinção do mecanismo seria uma evolução para a política.

- Eu já tinha muitas dúvidas em relação à reeleição. Foi uma experiência que o Brasil viveu. Nós votamos a favor. Nada impede que você evolua. Acho que a presidente Dilma acabou por desmoralizar a reeleição com essa mistura sem limites entre o público, o privado e o partidário, como assistimos nessa eleição. Se eu já tinha algumas dúvidas sobre as vantagens da reeleição, a presidente Dilma acabou por desmoralizá-la.

APOIOS.

Aécio procurou nesta terça-feira o então vice na chapa de Marina, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), para um primeiro contato após o fim do primeiro turno. O teor da conversa não foi revelado pelo candidato. O apoio de Beto é desejado pelo tucano para ajudá-lo com a campanha no Rio Grande do Sul. No estado, Aécio perdeu sua principal apoiadora, a senadora Ana Amélia (PP), que ficou fora do segundo turno da eleição para o governo estadual. Dilma venceu por uma pequena margem no estado, e o tucano depende de um bom resultado por lá para compensar a vantagem da adversária no Nordeste.

Amanhã, a campanha de Aécio realizará em Brasília um encontro político com todos os aliados do primeiro turno, com destaque para os candidatos que já saíram vitoriosos das urnas no último domingo, como os governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Beto Richa (Paraná). O objetivo é manter os aliados mobilizados para tirar o máximo proveito da onda que levou Aécio ao segundo turno.

Nesta manhã, o candidato fez campanha em um canteiro de obras na capital paulista, acompanhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador eleito José Serra e o deputado federal Paulinho da Força (SD).

Fonte: Agência O Globo.



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