Candidato procurou vice de Marina; campanha tucana deseja apoio de Beto
Albuquerque no Rio Grande do Sul.
SÃO PAULO - O candidato à
Presidência da República Aécio Neves (PSDB) reafirmou nesta terça-feira seu
compromisso com o fim da reeleição, mas continuou não se posicionando se é a
favor de que a mudança entre em vigor já para o próximo presidente eleito. Ele
disse que essa é uma discussão que precisa ser feita pelo Congresso Nacional.

- Eu sou a favor do mandato de
cinco anos sem reeleição para todos os cargos públicos. A questão desse mandato
em especial precisa ser discutida no Congresso por uma razão específica: não
estamos falando do fim da reeleição para o presidente da República apenas, onde
a decisão unilateral do candidato resolveria o problema. Estamos falando do fim
da reeleição de governadores e prefeitos. Então precisa haver um entendimento
no Congresso Nacional. Mas a tese do fim da reeleição e mandato de cinco anos é
uma tese que eu advogo e defendo há muito anos, afirmou Aécio.
Perguntado se ele abriria mão da
recondução no caso de ser eleito, Aécio não se posicionou.
- É uma questão a ser discutida.
Não morro de amores pela reeleição.
O candidato voltou a dizer que,
apesar de o PSDB ter votado a favor da reeleição para permitir a recondução do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto, a extinção do
mecanismo seria uma evolução para a política.
- Eu já tinha muitas dúvidas em
relação à reeleição. Foi uma experiência que o Brasil viveu. Nós votamos a
favor. Nada impede que você evolua. Acho que a presidente Dilma acabou por desmoralizar
a reeleição com essa mistura sem limites entre o público, o privado e o
partidário, como assistimos nessa eleição. Se eu já tinha algumas dúvidas sobre
as vantagens da reeleição, a presidente Dilma acabou por desmoralizá-la.
APOIOS.
Aécio procurou nesta terça-feira
o então vice na chapa de Marina, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), para um
primeiro contato após o fim do primeiro turno. O teor da conversa não foi
revelado pelo candidato. O apoio de Beto é desejado pelo tucano para ajudá-lo com
a campanha no Rio Grande do Sul. No estado, Aécio perdeu sua principal
apoiadora, a senadora Ana Amélia (PP), que ficou fora do segundo turno da
eleição para o governo estadual. Dilma venceu por uma pequena margem no estado,
e o tucano depende de um bom resultado por lá para compensar a vantagem da
adversária no Nordeste.

Nesta manhã, o candidato fez
campanha em um canteiro de obras na capital paulista, acompanhado do governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador eleito José Serra e o deputado federal
Paulinho da Força (SD).
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