domingo, 19 de outubro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE -'DOMINGO' 19 DE OUTUBRO DE 2014

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE.

DEBATE DE BAIXARIAS.

Nobres:
É deplorável o saldo do mais recente debate entre os candidatos à Presidência. Os dois pretendentes ao mais alto cargo do país ofereceram aos eleitores e também a adolescentes que ainda não votam um péssimo exemplo de conduta pública, até parece que foram à escola do professor Ciro Gomes. Como de surpresa que ficou para o telespectador, após o confronto transmitido pelo SBT, na quinta-feira, iniciado pela atual presidente, foi demonstrado que não tem equilíbrio emocional para comandar o país. Para a população, não há medida capaz de indicar que seria ela mais conivente com a corrupção, com desmandos administrativos e com o nepotismo. O eleitor “mais qualificado” (outro segmento, aplaude e ajuda nas desmoralizações) o primeiro merece uma campanha mais elevada, em respeito à sua capacidade de perceber que o destempero esconde a falta de seriedade na apresentação de propostas. Sabia-se, por antecipação, pelo clima bélico que caracteriza o segundo turno, que os debates seriam tensos. O confronto, no entanto, foi muito além da tensão e terminou por repetir, entre pessoas esclarecidas, boa parte do que é reproduzido nas redes sociais. As acusações, mesmo que possam estar presentes nessas ocasiões, não podem ocupar todo o tempo de um encontro promovido para o esclarecimento de posições. O bem da verdade, também o opositor teve retaliações momentâneas para período transcorrente e também navegou nas mesmas aguas “torrenciais” e sujas que desaguou no embate (e, ou combate). Em todo o conteúdo das discussões, os programas, até agora não se apresentaram os esboços precariamente formulados, ficam  ofuscados por uma agressividade características de discussões estudantis. Ao invés de receber subsídios que possam resolver as grandes questões do país, o eleitor passa a testemunhar as tentativas de desmonte de reputações. Sinteticamente, os candidatos se transformam em protagonistas do rebaixamento do debate e da política como expressão legítima da democracia. Assiste-se à perda de referências moralizadoras da atividade pública, num momento em que deveria ocorrer o contrário. Os políticos e os partidos, no ambiente único de uma eleição presidencial, dedicam-se à desqualificação da própria atividade e oferecem mais razões aos que passam a desacreditar do atual modelo de representação e nas instituições. Para conter esse vale-tudo, quando ainda falta uma semana para o pleito e pelo menos dois debates televisivos, seria oportuno que as lideranças partidárias mais sensatas propusessem um acordo de civilidade e de elevação do nível de um debate até agora deseducador. Nossa como o Brasil prima pela desmoralização.
Antônio Scarcela Jorge.

Um comentário:

  1. Eu detesto blog tendenciosa. Prefiro que assuma a posição. Acho ridículo essa suposta moralização.Ambos candidatos têm e tiveram um má conduta.

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