DILMA MINIMIZA EDITORIAL
PRÓ-AÉCIO.
São Paulo. A
presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, minimizou, ontem, o
apoio da revista britânica "The Economist" a seu adversário no
segundo turno da eleição presidencial, Aécio Neves (PSDB), mas emendou afirmando
que a publicação "é ligada ao sistema financeiro internacional".
Perguntada sobre o que achava do
apoio divulgado ontem, Dilma disse que "as revistas no mundo inteiro, como
as nacionais, têm todo direito de definir as suas opiniões políticas e levá-las
aos seus eleitores".
"Sei qual é a filiação da
revista 'The Economist', é muito ligada ao sistema financeiro
internacional", acrescentou a presidente.
Críticas
No editorial publicado ontem, a
revista afirmou que, quando a presidente foi eleita, o Brasil parecia prestes a
aproveitar todo o potencial dela, mas que, durante a gestão, a economia
estagnou-se e o progresso social desacelerou. Segundo a publicação, Dilma
continua favorita a vencer as eleições porque os brasileiros "ainda não
sentiram o arrepio econômico em suas vidas".
No texto intitulado "Por que
o Brasil precisa de mudança" a revista disse que, após os protestos,
"era de se esperar que os brasileiros dispensassem Dilma já no primeiro
turno".
"Neves merece vencer. Ele
fez uma campanha persistente e provou que pode fazer suas políticas econômicas
funcionarem", disse a revista britânica.
Perguntada se o editorial era uma
manifestação elitista, a candidata do PT à reeleição afirmou que não. "Eu
não diria isso, eu diria que é uma manifestação do sistema financeiro
internacional", completou.
O presidente nacional do PT e
coordenador geral da campanha de Dilma, Rui Falcão, também minimizou, as
críticas da revista e disse que eles "estão fazendo a campanha
interessada". "Mas eles não votam, né? Acho que não tem impacto. A
população está se definindo nos debates, nos programas de televisão",
disse Falcão.
Em 2012, a "Economist"
sugeriu que a presidente demitisse o ministro Guido Mantega (Fazenda) devido ao
baixo crescimento da economia. Depois da reação de Dilma, em 2013 a revista
ironicamente sugeriu que ela mantivesse Mantega no cargo.
Fonte: AIN.
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