


No entanto, o depoimento de
ontem, ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e
responsável pelo caso, não está relacionado ao acordo delação. Paulo Roberto
Costa também prestou depoimento em Curitiba nessa quarta. Alberto Youssef usou
as expressões agentes políticos e agentes públicos em referência a outros
envolvidos na investigação sobre desvios de dinheiro de contratos da Petrobras.
Os termos foram usados por recomendação do juiz Sérgio Moro para manter o
sigilo dos nomes de outros envolvidos. Como têm foro privilegiado, os nomes
desses agentes políticos devem ser revelados posteriormente ao Supremo Tribunal
Federal (STF).
O doleiro destacou que era apenas
uma “engrenagem” na operação e que outras pessoas estavam acima dele e de Paulo
Roberto Costa. “Não sou mentor ou chefe da organização criminosa. Tinha gente
mais elevada, inclusive acima do Paulo Roberto Costa, no caso agentes
públicos".
Perguntado se em outras
diretorias havia operação semelhante à que ocorria na Diretoria de
Abastecimento, Youssef respondeu: “Não operei em outra diretoria, mas sei que
existiam os mesmos moldes. Sei por conta dos próprios empreiteiros, os próprios
operadores”. O juiz perguntou novamente se os empreiteiros afirmavam que havia
esquemas semelhantes em outras áreas e o doleiro confirmou. “Sim. Em todas as
áreas, tanto na Internacional quanto na de Serviço”.
Youssef também detalhou o repasse
do dinheiro pago por empresas vencedoras de licitações da Petrobrás. Segundo
ele, elas combinavam quem ganharia a licitação, e a vencedora pagava 1% do
valor total da obra contratada. Segundo o doleiro, ele, Costa e os agentes
políticos, cujos nomes não revelou, recebiam esse percentual a título de
comissão.
Fonte: Agência
Brasil.
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