COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE.
COMPORTAMENTO NATURAL DOS POLÍTICOS E A INTERAÇÃO
PASSIVA DE ALGUNS SEGMENTOS DA IMPRENSA.
Nobres:
Seguimos por duas linhas de conduta para instar a nossa apreciação contextual. Tornou-se correspondente no mundo
em que os políticos especialmente aqueles aliados à corrupção tentam por todos
os meios “obstinar” o exercício pleno do jornalismo, quando detectam a
contrariedade de seus interesses. Dentro do contexto ocorrido recentemente, mas
justamente, no calor das campanhas eleitorais, veículos de comunicação e
jornalistas costumam ser alvos preferenciais de candidatos, partidos,
militantes e simpatizantes de todas as correntes ideológicas. Obviamente, há
bom e mau jornalismo – e como têm lá e aqui! – obviamente há profissionais
corretos e antiéticos em quaisquer atividades. Por outro lado, cognominamos de
imprensa literalmente amadora, alcançada pelos políticos empresários de estação
de rádio e de jornais são forçados a exercer naturalmente “as faces da moeda”,
aqueles que sobrevivem e obviamente bajulam em função das migalhas (esmolas –
bem parecido com a bolsa voto) consignadas por políticos de mau caráter
acostumados com essa moeda de “compra”. - O fato de haver críticas mostra que a
imprensa não está acima do bem e do mal. Mas os erros ou desvios jornalísticos
acabam por suscitar em alguns segmentos a defesa da proposta de controle
governamental da mídia. O curioso é que as eleições são períodos em que, por
outro lado, pode-se vislumbrar como nenhum outro o que seria um mundo sem
jornalismo: o império da propaganda, um permanente horário eleitoral gratuito. Os
programas eleitorais dos candidatos no rádio e na televisão são exemplos
perfeitos de ambiente em que os políticos falam o que querem sem ser
questionados, a não ser pelos seus adversários. Em geral, sobra muito marketing
e falta conteúdo. O que é mostrado pelos governantes que tentam se reeleger é
algo distante da realidade: o que está bom é exagerado e o que vai mal,
omitido. Do lado oponente, a equação se inverte. E, por mais que haja elementos
jornalísticos na forma como tudo é apresentado ao eleitor, numa estratégia para
passar mais credibilidade, aquilo não é jornalismo. É pura propaganda. Outro
exemplo extraído das campanhas eleitorais que mostra o risco da ausência da
imprensa: os debates entre candidatos. No segundo turno da eleição
presidencial, nenhum embate ao vivo entre Dilma Rousseff e Aécio Neves teve a
presença de jornalistas para fazer questionamentos aos concorrentes e
corrigi-los a respeito de declarações que não condizem com a realidade. De
outro modo os debates na campanha da sucessão governamental do nosso Estado,
foram ausentes de propostas, quando muito compartilhadas por segmentos que não deram importância para os fatos, onde o
Ceará é mesmo assim, obviamente não se pode esperar por muita coisa.
Antônio Scarcela Jorge.
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