COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE.
FICCIONISMO DA POLÍTICA.
Nobres:
Na nossa modesta concepção proclamamos
os debates políticos e propaganda eleitoral deveriam ser oportunidades para o
nosso crescimento político, momentos em que lideranças responsáveis ofereceriam
à consideração pública seus diagnósticos, argumentos e dados, de tal maneira
que, ao final do processo, estivéssemos mais conscientes sobre os desafios a
enfrentar. Para isso, seria preciso uma profunda reforma política no Brasil,
claro, tema em torno do qual pouco se tem produzido e que segue sendo
menosprezado pelos políticos e pelos analistas. O custo da inércia é alto
e vai muito além de Levy Fidélix e Everaldo. O que nem sempre se percebe,
por exemplo, é que os políticos seguem produzindo um discurso que trata as
pessoas como se elas fossem crianças. É só começar as campanhas e mergulhamos
em um terreno assombrado por deuses e demônios. Nas polarizações políticas no
Brasil, a realidade é esta para afunilar o segundo turno das eleições, retornam
os “heróis” e os “vilões”; os grandes e extraordinários feitos de uns e as
malvadezas sem precedentes de outros. A diferença é que os personagens só estão
pré-definidos como “mocinhos” ou “bandidos” no discurso militante. Uma parte
desta militância, inclusive, se infantiliza de tal forma que regride em seus
níveis de consciência, como que intoxicada por platitudes e pela incapacidade
de pensamento. Quanto se exige a maturidade dos políticos no sentido de
adquirir elementos que não sejam as ações corruptas, por outro lado também se
faz necessário instar o eleitor, principalmente a militância, carecer de raciocínio,
alguns procedem de um radicalismo incomum em todos os segmentos da aprendizagem
educacional. Se não, podem aguardar, “heróis” ainda mais poderosos e execrandos
mais ameaçadores serão convocados a nos espairecer.
Antônio Scarcela Jorge.
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