segunda-feira, 13 de outubro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 13 DE OUTUBRO DE 2014

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE.

FICCIONISMO DA POLÍTICA.


Nobres:
Na nossa modesta concepção proclamamos os debates políticos e propaganda eleitoral deveriam ser oportunidades para o nosso crescimento político, momentos em que lideranças responsáveis ofereceriam à consideração pública seus diagnósticos, argumentos e dados, de tal maneira que, ao final do processo, estivéssemos mais conscientes sobre os desafios a enfrentar. Para isso, seria preciso uma profunda reforma política no Brasil, claro, tema em torno do qual pouco se tem produzido e que segue sendo menosprezado pelos políticos e pelos analistas.  O custo da inércia é alto e vai muito além de Levy Fidélix e Everaldo.  O que nem sempre se percebe, por exemplo, é que os políticos seguem produzindo um discurso que trata as pessoas como se elas fossem crianças. É só começar as campanhas e mergulhamos em um terreno assombrado por deuses e demônios. Nas polarizações políticas no Brasil, a realidade é esta para afunilar o segundo turno das eleições, retornam os “heróis” e os “vilões”; os grandes e extraordinários feitos de uns e as malvadezas sem precedentes de outros. A diferença é que os personagens só estão pré-definidos como “mocinhos” ou “bandidos” no discurso militante. Uma parte desta militância, inclusive, se infantiliza de tal forma que regride em seus níveis de consciência, como que intoxicada por platitudes e pela incapacidade de pensamento. Quanto se exige a maturidade dos políticos no sentido de adquirir elementos que não sejam as ações corruptas, por outro lado também se faz necessário instar o eleitor, principalmente a militância, carecer de raciocínio, alguns procedem de um radicalismo incomum em todos os segmentos da aprendizagem educacional. Se não, podem aguardar, “heróis” ainda mais poderosos e execrandos mais ameaçadores serão convocados a nos espairecer.
Antônio Scarcela Jorge.

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