Fernando Henrique e Lula são principais nomes de atos públicos.
SÃO PAULO — Diante da acirrada
disputa entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na reta final das
eleições, tucanos e petistas estão convocando as militâncias para atos de rua
com a presença de líderes partidários e aliados. Do lado tucano, a ideia é
reverberar o discurso da mudança, como ocorreu em junho do ano passado. Já os petistas
estão reeditando slogan de outras campanhas - “sem medo de ser feliz” - para
rebater os adversários.
PT e PSDB decidiram convocar atos
públicos em apoio a seus candidatos. Depois que o PSDB reuniu 10 mil
simpatizantes do tucano Aécio Neves (PSDB) em ato e passeata na noite de
quarta-feira na Avenida Faria Lima, na Zona Oeste de São Paulo, o PT marcou
para 11 horas desta sexta-feira um ato de apoio à reeleição da presidente Dilma
Rousseff na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo. No ato pró-Aécio, as
estrelas foram o ex-presidente Fernando Henrique e o senador eleito José Serra.
No ato pró-Dilma, o cabo eleitoral será o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, ao lado de ministros e prefeitos petistas. O PT também acionou os
diretórios estaduais para eventos espalhados pelo país.
E não para por aí. Simpatizantes
do PSDB estão usando as redes sociais para convocar outras três manifestações.
Nesta quinta-feira, pela internet, dispararam 30 mil convites para que as
pessoas se reúnam em frente a PUC, também em São Paulo. Parte dos alunos da Universidade
Mackenzie, no centro da cidade, também vai promover um ato pró-Aécio, na
sexta-feira, às 18h.
Nesta quinta-feira, antes de ir
gravar programa eleitoral convocando a mobilização dos eleitores, Aécio
comentou a expectativa gerada em torno dos próximos atos.
- É a confirmação da vitória. É
um movimento espontâneo no Brasil inteiro e que vai crescer até sábado. Estamos
convocando todo mundo para se mobilizar. Essa não é a vitória apenas de um
partido, é um grande movimento que está acontecendo e que vai continuar até
sábado - disse ele, que não confirmou presença nos eventos.
AGENDA
LOTADA
Os eventos, com presença de
caciques dos dois partidos, servem ainda para preencher lacunas nas agendas dos
candidatos. Nesta reta final, Dilma e Aécio estão percorrendo estados em busca
de votos. Os deslocamentos nesta última semana ultrapassam 17 mil quilômetros -
Aécio deve acumular 9 mil quilômetros em deslocamentos aéreos e Dilma, 8,3 mil
entre o último domingo e o dia da votação, no próximo domingo.
Dilma percorre cinco estados em
três regiões: Sudeste, Nordeste e Sul. Ela tenta reforçar a votação no
Nordeste, onde tem 64% das intenções de voto, segundo a última pesquisa
Datafolha, e ganhar eleitores no Sul e no Sudeste, onde está atrás do tucano
Aécio Neves. No Sul, de acordo com o Datafolha, Dilma tem 38% das intenções de
voto, bem abaixo dos 52% de Aécio. No Sudeste, maior colégio eleitoral do país,
o tucano tem 48% das intenções de voto e a petista tem 40%.
O tucano tem agenda em seis
estados no Sudeste, Norte e Centro Oeste. Além de ampliar a força do PSDB em
São Paulo, Aécio tenta ganhar votos na região Norte, onde tem 35% das intenções
de voto segundo o Datafolha (Dilma tem 54%) e no Centro Oeste, onde tem 52% das
intenções de voto (Dilma tem 37%) mas acredita que pode ampliar esta diferença.
A pesquisa Datafolha mostra que
durante a campanha neste segundo turno, Dilma conseguiu melhorar a posição no
Sudeste: na primeira pesquisa Datafolha após o primeiro turno, feita nos dias 8
e 10 de outubro, ela tinha 34% das intenções de voto (agora tem 40%). A petista
também ampliou a margem no Nordeste, onde saiu de 60% para 64%, e no Centro
Oeste, onde o percentual passou de 33% para 37%. A pesquisa mostra que ela
perdeu força no Sul (a intenção de voto baixou de 41% para 38%) e no Norte do
país (de 56% para 54%).
Aécio Neves cresceu no Sul, onde
tinha 50% das intenções de voto logo após o primeiro turno e agora tem 52%. Nas
demais regiões perderam pontos. Na Região Norte, iniciou a campanha de segundo
turno com 56% das intenções de voto agora tem 54%. No Centro Oeste, passou de
55% para 52%. No Nordeste, de 31% para 28%. No Sudeste, de 55% para 48%.
Fonte: Agência O Globo.
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