Delúbio
Soares, Bispo Rodrigues, José Genoino e Jacinto Lamas já estão no regime
domiciliar.
José Dirceu
foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão.
BRASÍLIA – Apontado como mentor
do esquema do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu poderá cumprir
pena em prisão domiciliar a partir de segunda-feira. Ele foi condenado a sete
anos e 11 meses de prisão, e está preso desde 15 de novembro do ano passado. No
entanto, como ele trabalha, conseguiu reduzir 142 dias da pena.
Segundo a legislação penal, o
preso ganha um dia de liberdade em troca de três trabalhados. Dirceu é auxiliar
administrativo no escritório do advogado José Gerardo Grossi, um renomado
criminalista de Brasília. Depois de cumprir um sexto da pena, Dirceu pode
trocar o regime semiaberto, em que pode sair para trabalhar durante o dia e
voltar para a prisão à noite, pelo aberto, em que pode ficar em casa.
Matematicamente, ele teria
direito ao benefício em março de 2015. Mas, segundo a Vara de Execuções Penais
(VEP) do Distrito Federal, com os dias descontados da pena isso já pode
acontecer na segunda-feira. Caberá ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do
processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), analisar o pedido da
defesa, que ainda não foi formalizado. Pela mesma regra, o ex-deputado Valdemar
da Costa Neto (PR-SP) deixará a prisão em 16 de dezembro de 2014. A data deverá
ser antecipada ainda mais, porque ele continua trabalhando em um restaurante de
Brasília. Valdemar foi condenado a sete anos e dez meses de prisão e foi para a
Penitenciária da Papuda em 5 de dezembro do ano passado.
O regime aberto deve ser cumprido
em uma casa do albergado. Como não há esse tipo de instituição no Distrito
Federal, Barroso tem determinado a prisão domiciliar a quem já pode deixar o
semiaberto. Pelo sistema, o preso fica em casa das 21h às 5h e não pode viajar
sem autorização judicial.
O ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares, os ex-deputados Bispo Rodrigues (PR-RJ) e José Genoino (PT-SP), além do
ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas já estão no regime domiciliar.
Eles também saíram antes do regime semiaberto por terem trabalhado ou estudado
durante o cumprimento da pena.
O ex-deputado João Paulo Cunha
(PT-SP) foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão. Teve até agora
apenas 24 dias descontados da pena, segundo informação da VEP. Está marcada
para o dia 30 de janeiro de 2015 a transição dele do regime semiaberto para o
aberto.
Fonte: Agência O Globo.
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