COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE.
“DEMOCRACIA LABORATORIAL”.
Nobres:
Neste domingo, 26 de outubro, as urnas
dirão qual sairá o presidente da República. Não há momento mais oportuno quanto
este para a seguinte pergunta: entre os concorrentes, qual é a melhor escolha. É
evidente que infelizmente prevalecerá interesses de terceiros em vez de uma
escolha onde a negociata é premente. Em tese, a resposta deveria ser dada, em
princípio, por aqueles que juntam vozes ao discurso falacioso. Por um lado, o
exercício de votar, não obstante a obrigatoriedade que é imposta a todos os
cidadãos por lei, constitui o fundamento básico da democracia. O “respaldo do
voto”. Por outro lado, ainda que tenha pensado muito antes de votar, cedo ou
tarde, o eleitor será responsabilizado (com a maioria de seus concidadãos) pelo
político que venha a fazer e ou permanecer exercitando um mau governo por
razões inequívocas pensadas por segmentos do povo brasileiro. Sabemos que o
eleitor pode levar a culpa, a pecha de ignorante. A impossibilidade de se
apontar um candidato certo, antes do pleito, torna sem sentido o discurso de
que a escolha foi um erro, depois do pleito. A história das duas últimas
décadas serve de prova dos nove. Os partidos que ora se defrontam, desde 1995,
governaram por dois ou três mandatos. Ainda existe o eleitor indeciso por
várias razões. À semelhança do enxadrista ele sabe que seu voto não resolverá
os problemas do país. Esse exercício de cidadania (como se expressam os
democratas pós-modernos?) constitui uma marca quase imperceptível. O êxito ou o
fracasso na execução do ato de governar não mais depende dele, como o acusam
falaciosamente os sociólogos de boteco e, como os têm!
Antônio Scarcela Jorge.
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