Enquanto pesquisa indica empate técnico entre Dilma e Aécio, analista prevê
mais ataques entre eles.
Os candidatos na corrida
eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB),
seguem em empate técnico com vantagem do tucano, segundo indica uma pesquisa do
Datafolha publicada na tarde desta quinta-feira.
Segundo o levantamento, Aécio tem
51% dos votos válidos, enquanto Dilma, 49%. São os mesmos percentuais de voto
válido da pesquisa anterior do Datafolha, feita nos dias 8 e 9 deste mês.
A margem de erro é de dois pontos
para mais ou para menos. Em votos totais, Aécio tem 45%, Dilma, 43%, enquanto
votos brancos e nulos atingem 6%. Indecisos somam 6% também.
Com a disputa acirrada, a
tendência é a de que os dois candidatos subam o tom do debate nesta reta final
da campanha, como ocorreu no debate realizado nesta terça-feira, segundo
analistas ouvidos pela BBC Brasil.
"O que vimos neste último
debate foi uma troca de acusações. Ninguém falou da reforma tributária ou
trabalhista e da política externa, por exemplo,", diz o cientista político
David Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB).
"Daqui para frente, veremos
mais ataques e revides, porque é isso que impressiona à maioria dos
eleitores."
Tom agressivo
Carlos Pereira, cientista
político da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), acredita que o
debate deu o tom da campanha daqui em diante.
"Veremos cada vez mais
tentativas explícitas por parte da Dilma para levantar dúvidas sobre se um
governo de Aécio será capaz de manter as políticas de proteção social e, por
parte de Aécio, de sinalizar que Dilma é incapaz de manter o equilíbrio
macroeconômico do país, o que pode colocar em xeque estas políticas
sociais", afirma Pereira.
O cientista político Antonio
Lavareda credita o tom mais agressivo de ambos os candidatos ao "primeiro
confronto direto" entre eles. "As propostas estavam de folga no
último debate. Privilegiou-se as críticas à biografia e até mesmo ao caráter do
adversário", afirma Lavareda.
"Numa eleição acirrada, não
é tão importante se promover. É preciso aumentar a rejeição ao outro candidato.
Uma vez que se chega a este tom na campanha, é um caminho sem volta."
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