quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SUCESSÃO PRESIDENCIAL - "ACUSAÇÕES X PROPOSTAS"

 DISPUTA ACIRRADA PREJUDICA DEBATE DE PROPOSTAS E INTENSIFICA ACUSAÇÕES.

Enquanto pesquisa indica empate técnico entre Dilma e Aécio, analista prevê mais ataques entre eles.

Os candidatos na corrida eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB), seguem em empate técnico com vantagem do tucano, segundo indica uma pesquisa do Datafolha publicada na tarde desta quinta-feira.

Segundo o levantamento, Aécio tem 51% dos votos válidos, enquanto Dilma, 49%. São os mesmos percentuais de voto válido da pesquisa anterior do Datafolha, feita nos dias 8 e 9 deste mês.

A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Em votos totais, Aécio tem 45%, Dilma, 43%, enquanto votos brancos e nulos atingem 6%. Indecisos somam 6% também.

Com a disputa acirrada, a tendência é a de que os dois candidatos subam o tom do debate nesta reta final da campanha, como ocorreu no debate realizado nesta terça-feira, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil.

"O que vimos neste último debate foi uma troca de acusações. Ninguém falou da reforma tributária ou trabalhista e da política externa, por exemplo,", diz o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB).

"Daqui para frente, veremos mais ataques e revides, porque é isso que impressiona à maioria dos eleitores."

Tom agressivo

Carlos Pereira, cientista político da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), acredita que o debate deu o tom da campanha daqui em diante.

"Veremos cada vez mais tentativas explícitas por parte da Dilma para levantar dúvidas sobre se um governo de Aécio será capaz de manter as políticas de proteção social e, por parte de Aécio, de sinalizar que Dilma é incapaz de manter o equilíbrio macroeconômico do país, o que pode colocar em xeque estas políticas sociais", afirma Pereira.

O cientista político Antonio Lavareda credita o tom mais agressivo de ambos os candidatos ao "primeiro confronto direto" entre eles. "As propostas estavam de folga no último debate. Privilegiou-se as críticas à biografia e até mesmo ao caráter do adversário", afirma Lavareda.

"Numa eleição acirrada, não é tão importante se promover. É preciso aumentar a rejeição ao outro candidato. Uma vez que se chega a este tom na campanha, é um caminho sem volta."

Fonte: BBC BRASIL.


Nenhum comentário:

Postar um comentário