sexta-feira, 17 de outubro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'SEXTA-FEIRA' 17 DE OUTUBRO DE 2014

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE.

DISTANTE DA REALIDADE DO VOTO.

Nobres:
“Muito se discursa” em especial em período eleitoral como o que hoje convivemos, a importância da necessidade de se votar de forma consciente. O tal “voto consciente” seria o elemento-chave de uma democracia e, no caso do Brasil, o instrumento redentor de nosso combalido e desacreditado sistema político. Se ao menos o eleitor votasse de forma consciente, todos os males da nossa política serão extirpados e nos tornaremos um país desenvolvido. Mas consciente exatamente “de quê”? - Para determinadas pessoas, votar consciente significa estar bem informado sobre os candidatos, suas promessas, históricos e até os seus atos de enganar (será que engana ou é, o povo que compartilha com o político e se está ao lado e ou é cidadão/bandido) Partindo daí, seria apenas uma questão de comparar projetos e perfis políticos para se tiver um voto “consciente”. Mas será isso o suficiente para um voto verdadeiramente consciente? Entendemos que não. - O voto consciente passa necessariamente pela compreensão das limitações do poder dos políticos e do Estado.  Mas faz-se necessário apenas de saber das funções e competências de cada cargo em disputa, mas, sim, de compreender o perigo que o governante ou o legislador pode nos dar. Além disso, é um completo devaneio acreditar que realmente nos tornaremos uma sociedade mais desenvolvida, próspera e justa simplesmente delegando a eles atribuições e responsabilidades que cabem a nós como indivíduos e como comunidade/sociedade civil. Enquanto a maior parte da população continuar vendo o Estado como um meio de viver à custa dos demais (ignorando que é ele quem vive à custa de todo mundo), seguiremos nos frustrando com a política. Nossa política é dominada pela lógica de que ganha quem promete mais “direito” e benesses com chapéu alheio. “Não devemos esperar senão duas coisas do Estado: - liberdade e segurança -, tendo bem claro que não se poderia perder uma terceira coisa, sob o risco de perder as outras duas”. O que nos transparece é que a fundamentação em espécie está sendo a “moeda corrente” de troca, compra e venda de consciências, não tem sido um passo fundamental para o voto consciente de verdade. Pobre povão brasileiro!
Antônio Scarcela Jorge.

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