COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE.
MELHOR EXPECTATIVA.
Nobres.
Estamos numa enorme expectativa para a
maior atenção que o país convive neste ano. Mesmo diante das circunstâncias do
momento, o Brasil ingressa dividido nesta semana decisiva para o seu futuro,
faltando seis dias para a escolha do homem ou da mulher que administrará a
nação pelos próximos quatro anos, além dos governadores estaduais que ainda não
foram confirmados no primeiro turno. Apesar da agressividade que vem marcando
os debates presidenciais, nós brasileiros têmos motivos sólidos para reconhecer
e celebrar o momento de amplas liberdades que o país está vivendo. Mesmo em
meio à irracionalidade desta verdadeira guerra ideológica em que se transformou
a disputa pelo poder, os cidadãos estão tendo a oportunidade de acompanhar com
total transparência a vida política do país e de acessar informações e opiniões
livres de qualquer censura. Ainda que cause desconforto assistir a tantas acusações
e a tantas denúncias de corrupção, é muito melhor saber como pensam e agem os
agentes públicos do que ignorá-los e permitir que atuem nas sombras. Mas, sob a égide da transparência, portanto,
as lideranças políticas do país estão desafiadas superar esse estágio crítico
da animosidade e buscar alternativas conciliatórias para o Brasil que emergirá
desta disputa quase fratricida que assusta os mais sensatos. A lavagem de roupa
suja deve se encerrar com a abertura das urnas, para que vencedores e
derrotados possam conviver civilizadamente no futuro que se avizinha.
Evidentemente, ninguém precisa renunciar às suas convicções e a sua visão de
mundo. Basta exercitar a tolerância e aprender a conviver com quem pensa de
modo diferente. O fato de estarmos presenciando um festival de abusos não
significa que o debate político é inútil ou que as campanhas eleitorais devam
ser submetidas a regras arbitrárias. Significa isto sim, que partidos,
candidatos e uma parcela do eleitorado ainda usam mal a própria liberdade. Mas
numa democracia sempre sobra espaço para as correções de rumo e, no caso de
divergências, para o entendimento e a reconciliação. Como se sabe, a melhor
maneira de se corrigir os defeitos da democracia é com mais democracia. Temos
que rogar o país da esperança.
Antônio Scarcela Jorge.
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