quarta-feira, 15 de outubro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'QUARTA-FEIRA' 15 DE OUTUBRO DE 2014


COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE.

"PRINCÍPIO LEGAL"
- JUSTIÇA ELEITORAL ARROGA AS PESQUISAS STATUS DE IMUNIDADE E SERIEDADE.


Nobres:
A julgar pelas pesquisas de intenção de voto com que fomos bombardeados pela imprensa, rádio e TV, as eleições para presidente e governador não valeram e deveriam ser repetidas. - (aqui no Ceará, no dia da eleição de 5 de outubro, estimava Eunício na liderança das pesquisas para governador do Estado) - Baseado nesta premissa, tudo recomeçaria do zero, até coincidir com o que se espalhou como resumo do futuro, antecipando o que viria a ser. Exatamente como as verdades que cartomantes e videntes nos dizem a partir do “ás” do baralho ou das linhas das mãos, e que nos asseguram 100 anos de vida, algo que só não comprovamos pessoalmente por morrer antes! - Futurologia eleitoral, porém, não é como previsão do tempo. Menos ainda como a ultrassonografia que antecipa o sexo do bebê e acompanha a gestação. Mais engodo do que ciência, futurologia é arte ilusória, ferramenta para confundir. Mas a Lei Eleitoral não vê assim e confere às “pesquisas” status de isenção e seriedade. Não percebe que são um engendro que tumultua a livre escolha, pois substitui as qualidades do candidato pelos votos a receber. Ou já esquecemos que quantidade não define qualidade e que, em 1989, na primeira eleição presidencial da redemocratização, candidatos como os experientes e confiáveis Brizola, Mário Covas e Ulysses Guimarães ficaram atrás dos neófitos Collor e Lula? O que valeu, mesmo, nas tais pesquisas, foi aquele belo “sobe e baixa” dos gráficos coloridos na TV. Fora disso, podem virar um jeito novo da velha fraude. Ou iludir não equivale a fraudar?
Antônio Scarcela Jorge.

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