quarta-feira, 8 de outubro de 2014

EXPECTATIVA PARA MARINA

 MARINA REFORÇA QUE SUA POSIÇÃO SOBRE QUEM APOIA NO SEGUNDO TURNO SAI NA QUINTA-FEIRA.

Nota do PSB informa que publicações sobre o assunto são 'opiniões individuais'. Candidata derrotada se reúne com líderes do PSB-PE e com integrantes da Rede Sustentabilidade nesta terça para definir alianças.

SÃO PAULO E RECIFE — Em meio a discussão sobre o apoio para o segundo turno, a candidata derrotada à Presidência Marina Silva (PSB) divulgou nota para afirmar que as publicações sobre o assunto são “opiniões individuais”, e que sua posição sai na quinta-feira. Marina se reuniu na tarde desta terça-feira com o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, e com o prefeito de Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB. Na noite de hoje, Marina e integrantes da Rede Sustentabilidade, seu partido, conversarão em São Paulo para definirem a posição no segundo turno.

Na nota divulgada hoje, a assessoria da coligação da candidatura diz que “as opiniões individuais de cada partido, dirigentes e lideranças políticas das agremiações neste momento de construção devem ser respeitadas mas não refletem em nenhuma hipótese a opinião da ex-candidata”. “Os partidos da Coligação promoverão até amanhã, dia 8 de outubro, reuniões de suas instâncias deliberativas para definirem os pontos que consideram relevantes para a formulação de posicionamento conjunto das legendas aliadas. Na quinta-feira, dia 9, Marina Silva e as demais lideranças dos partidos aliados participarão de encontro para construir um posicionamento comum da Coligação sobre a continuidade da disputa pela Presidência da República”, diz o texto.

Câmara e Julio, que se reúnem hoje com a ex-senadora, eram afilhados políticos de Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo no dia 13 de agosto. Na segunda-feira, o irmão de Campos, Antonio Campos, já havia defendindo o apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial. Também vão participar do encontro o senador eleito por Pernambuco Fernando Bezerra Coelho. A executiva nacional do PSB se reúne nesta quarta-feira para definir a posição da legenda.

A intenção de Câmara e Julio em São Paulo é iniciar as costuras do PSB a uma das candidaturas do segundo turno. O Presidente do Diretório Regional do partido, Sileno Guedes, que também viajou com os líderes pernambucanos, afirmou que a viúva de Campos, Renata, permanece no Recife sendo consultada das ações e decisões do partido pelo telefone.

Os socialistas passaram a manhã em reuniões na capital paulista, para avaliar a aliança com o PSDB, e sondar os estados onde os dois partidos são adversários no segundo turno, como ocorre no Amapá e na Paraíba. Segundo uma fonte da Frente Popular de Pernambuco, a situação de estados onde se registra aquela situação vai passar por “avaliação cuidadosa”, e até a liberação das bases locais quanto ao voto para presidente vem sendo analisada. O sentimento, tanto no PSB como entre os seguidores da Rede Sustentabilidade, seria do apoio a Aécio Neves (PSDB), com o qual os partidos teriam pontos convergentes, como o fim da reeleição. Nos bastidores também se afirma que não há “clima” para uma aliança com a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), bombardeada pelos socialistas durante toda a campanha eleitoral.

Em Pernambuco, pelo menos três lideranças ligadas à Frente Popular já anunciaram individualmente apoio a Aécio. Assim como o irmão de Eduardo Campos, o governador de Pernambuco, João Lyra Filho antecipou-se à direção do partido, e logo após anunciado o resultado do primeiro turno, no final da noite do domingo, liberou uma nota defendendo o apoio do seu partido ao tucano.

- O Brasil enfrenta um momento muito delicado em sua economia e, também, um esgarçamento no seu tecido político. É fundamental lutarmos para o país voltar a crescer e uma indispensável reforma política. Creio que Aécio Neves conquistou a condição de liderar esse momento da política nacional, afirmou o atual governador, informando que defenderia a tese “junto aos companheiros do Diretório Regional e do Nacional”.

Lyra Neto recorreu até as ligações familiares, citando o avô do tucano:

- Aécio tem uma trajetória de compromisso com a redemocratização do país, processo que o seu avô, Tancredo Neves, teve papel decisivo, contando com a participação do meu irmão, Fernando Lyra citou, referindo-se ao irmão, já falecido, que foi Ministro da Justiça no governo José Sarney.

Embora não seja filiado ao PSB, o Senador e deputado federal eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB, e membro da coligação Frente Popular) também manifestou apoio a Aécio.

- O governo Dilma Rousseff bagunçou as contas públicas, permitiu que a inflação voltasse a assombrar os trabalhadores e é tolerante, conivente e até cúmplice da corrupção que hoje toma conta de todas as esferas da administração federal, disse o senador, que lembrou que apoiou “desde a primeira hora” a candidatura de Eduardo Campos e que, com sua morte, defendeu a ascensão imediata de Marina Silva. Jarbas, como Lyra, divulgou uma nota no domingo, após o fim da apuração.


O senador advertiu que “não podemos titubear nem nos dividir” e afirmou, em nota, que Aécio “demonstrou força e determinação para chegar no segundo turno” e que ele “representa a possibilidade real de virarmos a página de um ciclo que se esgotou, socialmente, economicamente e politicamente”. Um dos interlocutores mais próximos da ex- candidata Marina Silva, o pernambucano Sérgio Xavier afirmou que a tendência é também pelo apoio ao tucano:

- Se formos computar os votos de Marina, Aécio e dos demais candidatos, chegaremos a conclusão que a maioria optou pelas mudanças, e quem melhor encarna esse sentimento hoje é Aécio, disse Xavier, que está na capital paulista aguardando os resultados das reuniões do PSB de Pernambuco com lideranças nacionais do partido.

Fonte: Agência O Globo.

‘NOSSA OPINIÃO’.

- A que tudo indica o PSB, transparentemente é uma linha auxiliar do PT, aqui no Ceará essa linha petista foi decisiva no 1º turno para fortalecer Camilo. É evidente que MARINA encontra dificuldades para apoiar AÉCIO. – O cenário atual é bem diferente ao de 2.010, quando MARINA, optou pela neutralidade. No retorno ao seu partido em formação deverá referenciar a contatos sem radicalismo. Se repetida a ação por parte de MARINA, seria enterrar de vez, a sua carreira política.


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