'NAS PRÓXIMAS HORAS OU DIAS TEREMOS NOVO RELATOR' DA LAVA JATO, DIZ MINISTRO.
Para Mello, escolha de relator deve ser rápida para não prejudicar Lava Jato.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio
Mello afirmou, na manhã desta segunda-feira (23), acreditar que novo relator do
processo da Lava Jato no STF deve ser definido em breve.
Mello também disse que a presidente do Supremo, Cármen
Lúcia, não deve homologar delações premiadas dos executivos da Odebrecht.
A expectativa era que o ministro Teori Zavascki, morto
na última quinta-feira (19), fizesse as homologações em fevereiro.
As declarações foram feitas à Rádio Gaúcha.
"Pelo o que conheço, há muitos anos, da atuação
da ministra Cármen Lúcia, ela procederá não com a homologação, mas sim a
redistribuição do processo.
“Nós teremos, nas próximas horas ou nos próximos
dias, um novo relator do processo da Lava Jato”, disse Mello.
O magistrado argumentou que a escolha do novo relator
deve ser rápida para não prejudicar a Lava Jato nem o que chamou de
"interesses nacionais", e defendeu que a relatoria fique com um os
ministros da Segunda Turma, da qual Teori Zavascki fazia parte.
Atualmente, compõem o colegiado os ministros Gilmar
Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
"Deve ser rápido porque procedimento penal não
pode ficar suspenso sob pena de prejuízo. Sob pena de limitaRr a favor de
possíveis envolvidos, prejudicando-se aí os interesses maiores da sociedade.
Não podemos ficar com cadeira vazia. “Pela ordem
natural das coisas, a redistribuição há de se fazer considerando os
remanescentes da Segunda Turma”, disse.
Mello minimizou o encontro do ministro Gilmar Mendes
com o presidente Michel Temer durante o último final de semana. "Não
prejudica em nada. Se atua com eqüidistância", pontuou.
O ministro afastou a possibilidade da aeronave de
Teori ter sido sabotada.
"Descarto, de início, qualquer ato de sabotagem
visando atingir o ministro Teori e os demais ocupantes da aeronave. Tudo indica
que o acidente decorreu de mau tempo na região, mas temos que esperar a
investigação", concluiu.
Queda de avião.
Teori Zavascki estava de férias e viajava para a casa
de praia do empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do Grupo Emiliano,
quando o avião caiu no litoral fluminense matando todos os cinco ocupantes.
Filgueiras também morreu na tragédia. Além dele e do
ministro do STF, morreram o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maira
Lidiane Panas Helatczuk, e a mãe dela, Maria Ilda Panas.
Fonte: G1 – RS.
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