CÁRMEN LÚCIA CONVERSOU COM TEMER SOBRE CENSO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO.
Presidente do STF recebeu em sua casa, no sábado (7), o presidente da República; na conversa de quase 3 horas, eles trataram, entre outros assuntos, da atualização dos dados dos presos.
Na conversa de quase 3 horas que teve no último sábado
(7) com o presidente Michel Temer, a presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministra Cármen Lúcia, tratou, entre outros assuntos, da realização de
um censo do sistema penitenciário.
Em meio a uma crise nos presídios, o objetivo da chefe
do Judiciário é colher dados mais completos e atualizados da situação dos
presos no país, a partir do qual será possível obter um diagnóstico mais
preciso do atual quadro penitenciário.
Cármen Lúcia que acumula o comando do STF com a
presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), se reuniu, em dezembro, com
os chefes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo
Rabello Castro, e do Exército, Eduardo Villas Bôas, para discutir como será
feito o levantamento.
Segundo estimativas iniciais, o custo do censo pode
chegar a R$ 18 milhões. Interlocutores da presidente do STF afirmam que a
magistrada pretende concluir o trabalho ainda neste ano.
Para ajudar a viabilizar o levantamento, técnicos do
governo irão criar a metodologia e também organizarão a logística do censo.
Já os militares poderão colaborar na segurança dos
pesquisadores e ainda indicarão os locais a serem visitados. A presidente do
STF cogita convidar ONGs e entidades humanitárias como a Pastoral Carcerária para
participar do trabalho.
Plano de segurança
Ao longo da conversa extraoficial do último sábado,
Cármen Lúcia também discutiu com o chefe do Executivo federal sobre o Plano
Nacional de Segurança, que foi lançado pelo governo na véspera da reunião entre
os presidentes da República e do Supremo.
O conjunto de ações voltadas ao combate da
criminalidade conta com sugestões que envolvem a participação dos tribunais.
Uma das iniciativas propostas pelo Executivo é a priorização (na alocação de
recursos e pessoal) de processos criminais.
Desde que assumiu o comando do STF, em setembro,
Cármen Lúcia vem realizando visitas surpresas em presídios pelo país. Uma das
conclusões e daí a ideia de fazer um censo penitenciário é que os números
atualmente usados pelo governo e pelo próprio CNJ não condizem com a realidade
local.
Com o levantamento, a magistrada acredita que será
possível não só contabilizar o número de presos em cada situação (condenados ou
provisórios, por exemplo), mas também apurar dados mais completos sobre o
perfil social da população carcerária.
Enquanto o censo não estiver pronto, Cármen Lúcia
pretende se reunir com os presidentes dos tribunais de Justiça estaduais para
cobrar ações de competência do Judiciário que tenham potencial de amenizar os
problemas nas prisões.
Na semana passada, quatro dias depois do massacre que
deixou 60 mortos na capital do Amazonas, a presidente da Suprema Corte se
sentou à mesa, em Manaus, com os chefes dos tribunais de Justiça da região
Norte, do Maranhão e do Rio Grande do Norte.
Fonte: G1 – DF.
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