SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
EXCESSO DE OTIMISMO.
Nobres:
No contexto federal o Governo vem
desenvolvendo uma propaganda que afirma que a inflação caiu e que os juros
estão caindo e que as reformas, portanto, estão no caminho certo. É claro que é
isto que todos nós, brasileiros, queremos que realmente aconteça. Mas, é muito
cedo, ainda, para que se comecem as comemorações. 2017 vai ser um ano muito
difícil e complicado. Existem muitas coisas que ainda precisam ser mais bem
deslindadas para que se possam dar asas à esperança de dias melhores. É claro
que um pouco de otimismo, depois de um ano tão difícil, como foi 2016, não faz
mal. Mas, é melhor ir com calma. É preciso que se saiba o que é o que as
delações premiadas dos executivos da Odebrecht vão revelar e quantos
congressistas irão sobrar para votar as matérias que são necessárias e
importantes para continuar colocando o país no rumo econômico certo. O que se
sabe é que a "bomba" deve estourar já no início do próximo mês de
fevereiro e, aí nós vamos ficar sabendo com quem o Governo irá contar dentro do
Congresso Nacional. É preciso que não nos esqueçamos, também, que, por mais que
esteja em mãos do Ministro, Gilmar Mendes, é quase impossível que não se tenha
o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral – TSE da chapa Dilma/Temer. E, se o
mencionado for levado a termo com o mínimo de seriedade, é quase certa a
cassação da chapa, o que abriria uma nova crise política, de enormes
conseqüências. E, é preciso que se aguarde, ainda, o início efetivo do Governo
de Donald Trump, nos Estados Unidos da América – EUA, para ver o que irá
acontecer nas relações China x Estados Unidos. Ou seja, há muita coisa por ser
desenrolada para que tenhamos uma visão mais acurada do que irá acontecer em
2017. E, não adianta consultar os astros ou as estrelas, pois, neste caso,
expressa que "o futuro tem por ofício de ser incerto". E, diante
desta incerteza, é sempre bom e oportuno, aguardar. O que existe de certo e
efetivo é que o Brasil espera por uma grande safra agrícola e o nordeste, acima
de tudo veja encerrar o clico da seca e, acima de tudo “a nação regional em sua
maioria agregada a cultura irracional esqueça-se do paternalismo enganador da
“nação corrupta do lulismo.” Excluindo a região e, por mais que alguns pseudo
entendidos digam que o país não pode ficar refém de sua produção de
commodities, nunca, como agora, o Brasil dependerá de suas exportações agrícola
e pecuária. Claro que não custa torcer para que os movimentos de alta dos preços
dos minerais exportáveis continue. Afinal, precisamos que o mercado
internacional nos remunere bem nestas áreas também, tendo em vista que bons
resultados de exportações tendem a movimentar importantes setores da economia,
hoje travados, sobretudo em função da falta de efetividade da atuação interna
da economia. E, quando o setor interno não vai bem, a recuperação da economia
do país passa, inevitavelmente, pela expansão das exportações. É possível que
haja aumento das exportações e, queira Deus, que os aumentos de exportações se
faça em situação de preços internacionais elevados. Se o câmbio continuar
ajudando, realmente o ano promete. Mas, como prudência e caldo de galinha não
fazem mal a quem quer que seja, é bom aguardar para ver e que não tenham excessos de otimismo.
Antônio Scarcela Jorge.
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