SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
ATRIBUIÇÃO PERTINENTE.
Nobres:
Estabelecendo conceito de nomear é privativo do
Presidente da República e uma nomeação não se faz sem grandes sacrifícios, até
mesmo porque existe muita gente "boa", que cerca o Presidente que não
quer ouvir falar de tamanho absurdo. Os que estão implicados nas delações
premiadas são os primeiros a tentar dissuadi-lo de tal empreitada. Mas, se o
Presidente for corajoso o suficiente, é a hora de se consagrar. Poucas vezes
alguém teve com tamanha condição de reverter uma situação de impopularidade com
tão pouca atuação. E, a simples nomeação do Juiz, Sérgio Moro, poderia
transformar o hoje popular "fora Temer" em um estrondoso "fica
Temer". O problema é saber com que pressões e com que jogo de interesses o
Presidente está se defrontando. Entretanto, o mais importante é fazermos o jogo
de percepção sobre o que aconteceria na economia do país, caso tal decisão
acertada viesse a ser tomada. O país, mais do que nunca, está precisando
pacificação e de tranqüilidade para que os empresários possam voltar a investir
e para que a roda da economia volte a girar. E, uma decisão tomada em total
sintonia com a vontade popular poderia desanuviar o ambiente, tornando propícia
uma retomada mais efetiva da economia. Ou seja, uma decisão eminentemente
jurídica e discricionária da presidência, poderia tornar mais leve o ambiente
econômico, com reflexos imediatos na efetivação de negócios e na geração de
empregos. Outro aspecto importante é que com ampla aprovação popular, ficaria
mais fácil para o Governo aprovar as medidas que estão tramitando e que irão
tramitar no Congresso Nacional. Deputados e Senadores sabem que não podem se der
ao luxo de ir contra alguém que possui aprovação popular, porque isto significa
perder votos. Portanto, o Governo só teria a ganhar com tal nomeação. Mas, é
muito difícil imaginar que um governo, que até agora se mostrou fraco e
inconsistente, tenha tamanha capacidade de enfrentamento de pressões, até mesmo
grande parte de sua base parlamentar pode estar implicada na Operação lava Jato
e nos seus desdobramentos. E, ao que se saiba, ninguém gosta de colocar,
voluntariamente, o pescoço na corda. É uma situação única e complicada, visto
que a oportunidade é única, mas as pressões em contrário, são inúmeras. Finalmente,
é preciso que se considere que seria extremamente positivo que o Governo
pudesse ter uma boa notícia para entregar para a população já no começo de
2017. Isto amenizaria as notícias ruins que terão que ser endereçadas à esta
mesma população ao longo do ano. Mas, uma coisa é reconhecer que a oportunidade
existe e, outra, bem diferente, é bancar o preço de efetivação de tal oportunidade
só não faz a mercê dos corruptos que ainda “campeia” o governo.
Antônio
Scarcela Jorge.
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