quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA 5 DE JANEIRO DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

O CULTIVO DA PENÚRIA.

Nobres:
Chegamos a amarga conclusão de que a pobreza de um povo não é destino, é obra do próprio povo sempre servil aos caprichos dos políticos de “lastima corrupta” que cada vez se afirmam neste cenário e homologados pela “vontade quase absoluta” do eleitorado brasileiro – reveste-se numa praga comum. O problema é que o sistema político brasileiro vive mergulhado em suas questões internas e crises de governabilidade, e isso mantêm o anacrônico corpo de leis e não consegue aprovar nenhuma reforma relevante. O resultado é a geração de um ambiente de insegurança jurídica, crise de confiança e travamento dos investimentos. Esse quadro tem, entre outras, origem nas distorções produzidas pela própria Constituição de 1988 e leis que a complementaram, que acabaram transformando o sistema público nas três esferas da federação em um monstro ineficiente, corrupto e gastador, mais voltado para os benefícios, vantagens e mordomias de suas estruturas e suas corporações.  Um bom exemplo da apropriação do Estado brasileiro por suas corporações são as notícias abundantes de que, embora o teto salarial no setor público seja de R$ 33,7 mil, há uma legião de funcionários nos três poderes recebendo muito acima desse teto sem que nenhum governo consiga fazer que a lei seja cumprida. Mas esse é apenas um exemplo de que o setor público tornou-se um gigante incontrolável e voltado mais para si mesmo do que para aqueles a quem deveria servir: a população. Embora resulte de uma briga de interesses, Se o Brasil chegar a 2020 com renda por habitante inferior à de 2010, o país confirmará perante o mundo sua eterna vocação para desperdiçar oportunidades e manter seu povo na pobreza, apesar de a natureza ter sido generosa na provisão de recursos naturais abundantes. Mais uma vez, os analistas e os estudiosos das causas das riquezas das nações seguirão perguntando como o Brasil consegue manter-se no atraso mesmo dispondo de tantos recursos e oportunidades para dar a todos os seus habitantes um padrão médio de bem-estar equivalente aos países desenvolvidos.
Antônio Scarcela Jorge.


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