OPERAÇÃO LAVA JATO.
Janot diz a Cármen Lúcia que tem intenção de pedir urgência para a Lava Jato no STF.
Procurador-geral da República se reuniu nesta segunda
(23) com a presidente do STF na sede do tribunal; a magistrada ainda não
definiu se homologará delações da Odebrecht durante o recesso.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
comunicou à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen
Lúcia, que tem a intenção de pedir urgência na Corte ao processo da Lava Jato.
O chefe do Ministério Público se reuniu com a
magistrada nesta segunda-feira (24) na sede do tribunal.
Oficialmente, Janot foi ao STF prestar condolências a
Cármen Lúcia em razão da morte do ministro Teori Zavascki. O relator da Lava
Jato morreu na última quinta (19) em um acidente aéreo em Paraty (RJ).
No entanto, segundo a GloboNews apurou, eles
discutiram cenários para o futuro dos processos da Lava Jato no STF.
Pelo artigo 68 do regimento interno da Suprema Corte,
se o Ministério Público pedir, os processos poderão ser redistribuídos pela
presidente do tribunal.
Cármen Lúcia ainda não decidiu se homologará ela mesma
as delações de 77 executivos e ex-dirigentes do Grupo Odebrecht.
A ministra avalia, por exemplo, homologar parte das
delações.
Cármen Lúcia autoriza juízes auxiliares do gabinete de
Teori a prosseguir com delações.
Conversas com ministros.
Além da reunião com Janot, a presidente do Supremo
passou a segunda-feira conversando com outros ministros do tribunal e com assessores
para decidir, até o final do recesso do Judiciário, sobre as próximas etapas da
Lava Jato.
Cármen Lúcia autorizou na noite desta segunda que os
juízes auxiliares do gabinete de Teori prossigam os trabalhos nas delações
premiadas de executivos da Odebrecht.
A magistrada tomou a decisão em razão de ela ser a
plantonista do Supremo durante o recesso do Judiciário e diante da urgência do
tema, uma vez que há delator preso.
Com a morte, os juízes, que tinham delegação do
ministro para atuarem no caso, tiveram os trabalhos paralisados.
Para esta
semana, uma série de depoimentos de delatores já estava marcada. Com a decisão
de Cármen Lúcia, a agenda será retomada e ficam mantidos depoimentos que
estavam previstos.
Relatoria da Lava Jato.
A presidente do STF ainda terá que decidir sobre o que
fazer em relação à relatoria da Operação Lava Jato.
Ou seja, quem será o ministro que vai substituir Teori
na função para analisar pedidos de prisão, abertura de inquérito ou buscas
envolvendo políticos, por exemplo.
Pelo regimento interno da Corte, há diversas
possibilidades sobre o relator, como sorteio entre os ministros que atuam
atualmente no Supremo.
A decisão de autorizar o prosseguimento da Lava Jato
dá mais tempo para que Cármen Lúcia decida quem comandará no tribunal os
processos que investigam o esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Fonte: G1 – DF.
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