SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
CORRUPÇÃO
ESPESSA.
Nobres:
Diariamente
advertimos o desenvolvimento da corrupção em toda sua metodologia para conferir
expectativas e astúcias. Uma dessa esguelha nos leva a imaginar pretextos que
segmentos da imprensa conduzida repassam a sociedade para dirigir a informação
e de elevado atilamento crítico, entretanto faz o uso dessa prática danosa para
discorrer o motivo do democratismo brasileiro do momento. Só direito e
liberdade de maneira entendida transcendente de uma circunstância utópica. Que
tipo de “liberalidade” é esta no Brasil? - só serve para proteger
bandidos? Bandidos muitos piores os de colarinho branco. Certos agentes do
Poder ostentam nas suas grades curriculares, elementos de fazer inveja aos
“notórios” marginais, em função de praticar suas ações delituosas como
políticos. É só “assistir” os noticiosos para constatar essas
excrescências. É o sentido da democracia: Instamos pela proteção do cidadão
relacionado aos seus direitos e, simultaneamente cobrar os seus deveres. A
Constituição Brasileira edita em sua essência, direitos e deveres de
cidadania. No entanto alguns repassam a sociedade que por noção o cidadão
tem só direitos: É querer imaginar e convencer as pessoas leigas neste
aspecto. Ao contrário, temos a Carta constitucional seguidas das normas
reguladoras que aperfeiçoam nosso conceito jurídico. As leis são efetivamente
sólidas e se fossem consagradas gerariam mais eloqüência. Talvez
sejam contraditórias em certos aspectos chega a dimanar para uma reforma geral
mais ampliada que viriam corrigi-las com objetividade no sentido de seguir em
frente aos questionamentos direcionados pela prática corrupta de seus agentes
fincados na política onde a correção dessas ações torna-se ineficaz, sobre o
protecionismo tácito do nosso ordenamento jurídico onde se estabelece as
possíveis veredas para seguirem impunemente. Só há aplicação objetiva da
legislação quando há mobilização popular. Esperamos que desta vez
a reforma que sempre está vinda “a conta-gotas” sejam efetivamente mobilizados
todos os segmentos sociais no sentido de bem raciocinar sobre as questões que se
tornaram explícitas diante dos olhos da sociedade que chama para objeções na
área da política. Que não seja um emaranhado de leis subjetivas que não surtam
efeitos práticos, como ocorre “outrora” na formatação da nossa
legislação. Presentemente, os fatos são indiscutíveis, tanto por
ação dos poderes constituídos especificamente o legislativo no sentido de
desestimular a sociedade. O Senado e Câmara formaram suas respectivas
Comissões de Ética integradas por algumas de suas excelências, comprometidas
nas atribuições pertinentes em função da conduta inseridas nas suas grades
políticas curriculares e que muito desagrada a sociedade brasileira. Dentre as
demais atuações corruptas de seus agentes é deveras “atraente” até mesmo da
parte do povo. Afinal teremos que aprender as lições convivendo com semelhanças
e diferenças que já tivemos sobre a corrupção, ao longo da nossa história,
ciência que nos falta instrumentos fundamentais para tal. Como: a solidez da
percepção dos valores coletivos que os individuais. A experiência reativa
diante os graves exemplos de corrupção em nossa sociedade. Vamos
lá ao longe dos efeitos causadores da corrupção: o principal, infelizmente
passa pela Educação: Precisamos ter um grau de escolaridade real e
não fictícia fundamentada em valores humanos e não comerciais. Aqueles que
estudem efetivamente aprendam e aprendam conteúdos, e não façam objeto tão
somente de uma má estatística fraudulenta como ainda hoje encontramos em
milhares de pessoas que carreguem diplomas de formação e não possuem a
capacidade de se quer ler e escrever, quanto mais de ouvir um argumento e
realizar uma análise crítica do que se ouve. Faz-se necessário adquirir a
maturidade de perceber que a impunidade não pode ser uma prática desejada para
outro é uma utopia para si mesmo. Uma maturidade que nos coloque realmente
no mesmo nível de julgamento com o próximo, no mesmo nível de tolerância e no
mesmo patamar de punição. Reforçamos o entendimento de que a educação bem
estruturada seria “elemento” essencial do combate a corrupção. Entretanto
sentimos a ausência de uma política educacional séria que alcance todos os
segmentos que nela interagissem, especialmente os professores, de forma a
valorizá-los de verdade: uma política de educação baseada no mérito, e não, no “apadriamento”
demagógico. Somos partidários de uma política que privilegie a disciplina e o
conteúdo, que não esteja aparteando as necessidades de desenvolvimento do país
e ainda não seja acalcanhada nos interesses eleitorais ou meramente financistas
ajudariam em muito a formação de um corpo social sólido, capaz de perceber que
a corrupção pode ter dois entendimentos diferentes. Por fim,
somando por este meio, falta-nos ainda a prática de reagir, de transformar a
indignação em ação política, organizada e pacífica, capaz de anunciar àqueles
que entendem a corrupção como uma prática normal que a sociedade que está
atenta e disponível para dar o respaldo às instituições jurídicas que
responsabilidade de coibir e punir os atos nocivos à coisa pública, principalmente. Por
isso, deveríamos entre tantas coisas, sonhar com o estudo da ética no Ensino
Médio, mais um do que tantos outros estudos que já existem em nossas frágeis e
débeis instituições de ensino, neste sentido evidenciariam que a corrupção
começará seu ocaso, enfim, teremos o país bem-sucedido em toda sua
dignidade.
Antônio Scarcela Jorge.
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