terça-feira, 10 de janeiro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 10 DE JANEIRO DE 2017

SCARCELA JORGE








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

TIFLOSE IDEOLÓGICA.

Nobres:
A mesma cegueira ideológica perpetra os brasileiros que, porém, se julgam honrados desculparem ou negarem o que Dilma chamou de “malfeitos”, mensalão, petrolão e suas metástases sistêmicas. Os “intelectuais do analfabetismo do corrupto Lula estão condenando o Temer numa comprovação que os “sabidos” estão regredindo o Brasil nos indicativos da educação e ninguém mesmo, conseguiu conquistar “prêmios internacionais” em termos de cultura e vivem no “surrealismo” que o país do Lula é maravilhoso! O país das penitenciárias, do tráfico de drogas, ‘dos beira mar’ e outros magníficos, que são isonômicos na moral dos corruptos. Entretanto, não sabem que como abnegados da religião o lulismo votou para Vice-presidente no “tal” Temer! Roubaram? Mas foi para o partido, e os fins justificam os meios, conforme Lênin. Em nome dos trabalhadores, aliaram-se à resquício moral do empresariado? Ah, outros partidos sempre fizeram isso, então os “guerreiros do povo brasileiro” merecem perdão automático. O desgoverno da esquerda gerou a crise que levou ao impichamento? Foi trama da direita golpista! Os cegos ideológicos pensam estar na direita ou na esquerda, mas não: estão é por fora do processo político. Para quem defende que a moral não é relativa nem flexível, é deprimente ver antigos companheiros de luta contra a ditadura ainda ciosos e orgulhosos de serem “de esquerda”, compactuarem com quadrilhagem e crime organizado. É tragicômico defenderem o desgoverno corrupto que gerou 12 milhões de desempregados com o argumento de que tirou milhões da miséria. No fundo dessa alucinação coletiva, há o fato de que o poder cega quem nele está ou por ele luta. Quem não almeja o poder não se envolve com política, embora muitos nem por isso abdiquem de melhorar o mundo, participando de associações, cooperativas, voluntariado, num número talvez maior que o dos que orbitam os partidos e seus líderes. No cerne da profissão (não da vocação) política está o sentimento de se achar melhor que os outros e a visão de que os outros devem ser ajudados pelo político, que assim se sacrificará nos seus penosos mandatos cercado de mordomias. Os países desenvolvidos se desenvolveram baseados numa maioria honesta de população e eleitorado, capaz de exigir Estado enxuto e produtivo, social sem populismo e com liberdade sem privilégios. Essa é a meta dos cidadãos de bem. Os cegos ideológicos pensam estar na direita ou na esquerda, mas não: estão é por fora do processo político. Se tirassem as vendas da ideologia, veriam a falta que fazem no coro social que vê a crise como oportunidade, enfim, para as reformas indispensáveis e sempre postergadas pelos que chegam ao poder, porque não querem reformar para não perder o poder. Mas é agora ou sabe Deus quando. Com a falência do atual sistema, enterrado na votação das leis populares contra a corrupção, a nação só conta com a cidadania para recuperação da democracia. Mas essa gigantesca tarefa não é vista pelos que, na esquerda enxergam a democracia como atalho para o socialismo, ou os que, na direita, ambos não conseguindo ver além do que é conveniente para seus projetos de poder, rale-se a nação e obviamente o povo.
Antônio Scarcela Jorge.



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