SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
TIFLOSE IDEOLÓGICA.
Nobres:
A mesma cegueira ideológica perpetra os brasileiros que,
porém, se julgam honrados desculparem ou negarem o que Dilma chamou de
“malfeitos”, mensalão, petrolão e suas metástases sistêmicas. Os “intelectuais
do analfabetismo do corrupto Lula estão condenando o Temer numa comprovação que
os “sabidos” estão regredindo o Brasil nos indicativos da educação e ninguém
mesmo, conseguiu conquistar “prêmios internacionais” em termos de cultura e
vivem no “surrealismo” que o país do Lula é maravilhoso! O país das
penitenciárias, do tráfico de drogas, ‘dos beira mar’ e outros magníficos, que
são isonômicos na moral dos corruptos. Entretanto, não sabem que como abnegados
da religião o lulismo votou para Vice-presidente no “tal” Temer! Roubaram? Mas
foi para o partido, e os fins justificam os meios, conforme Lênin. Em nome dos
trabalhadores, aliaram-se à resquício moral do empresariado? Ah, outros
partidos sempre fizeram isso, então os “guerreiros do povo brasileiro” merecem
perdão automático. O desgoverno da esquerda gerou a crise que levou ao
impichamento? Foi trama da direita golpista! Os cegos ideológicos pensam estar
na direita ou na esquerda, mas não: estão é por fora do processo político. Para
quem defende que a moral não é relativa nem flexível, é deprimente ver antigos
companheiros de luta contra a ditadura ainda ciosos e orgulhosos de serem “de
esquerda”, compactuarem com quadrilhagem e crime organizado. É tragicômico
defenderem o desgoverno corrupto que gerou 12 milhões de desempregados com o
argumento de que tirou milhões da miséria. No fundo dessa alucinação coletiva,
há o fato de que o poder cega quem nele está ou por ele luta. Quem não almeja o
poder não se envolve com política, embora muitos nem por isso abdiquem de
melhorar o mundo, participando de associações, cooperativas, voluntariado, num
número talvez maior que o dos que orbitam os partidos e seus líderes. No cerne
da profissão (não da vocação) política está o sentimento de se achar melhor que
os outros e a visão de que os outros devem ser ajudados pelo político, que
assim se sacrificará nos seus penosos mandatos cercado de mordomias. Os países
desenvolvidos se desenvolveram baseados numa maioria honesta de população e
eleitorado, capaz de exigir Estado enxuto e produtivo, social sem populismo e com
liberdade sem privilégios. Essa é a meta dos cidadãos de bem. Os cegos
ideológicos pensam estar na direita ou na esquerda, mas não: estão é por fora
do processo político. Se tirassem as vendas da ideologia, veriam a falta que
fazem no coro social que vê a crise como oportunidade, enfim, para as reformas
indispensáveis e sempre postergadas pelos que chegam ao poder, porque não
querem reformar para não perder o poder. Mas é agora ou sabe Deus quando. Com a
falência do atual sistema, enterrado na votação das leis populares contra a
corrupção, a nação só conta com a cidadania para recuperação da democracia. Mas
essa gigantesca tarefa não é vista pelos que, na esquerda enxergam a democracia
como atalho para o socialismo, ou os que, na direita, ambos não conseguindo ver
além do que é conveniente para seus projetos de poder, rale-se a nação e
obviamente o povo.
Antônio
Scarcela Jorge.
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