SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
ANO NOVO POLÍTICO É CIRCULO RECORRENTE.
Nobres:
Diz-se nas passagens de ano, que o velhinho está para
morrer, referindo-se ao ano em seu final. Mas os anos não morrem, apenas
passam, deixando marcas, lembranças, e história. Quem teve a idéia de cortar o
tempo em fatias, a que se deu o nome de ano foi um indivíduo genial industrializou
a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para
qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da
renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de
acreditar que daqui pra diante vai ser diferente e muitos poderão não
concordar, achando que tudo continuará da mesma forma, que a mudança de datas
não significa absolutamente nada na vida de cada um. Com ou sem Ano Novo a vida
continua, as contas não desaparecem, o trabalho continua, enfim pensam que não
importa nada a passagem de um ano para outro. Parece incrível, mas a Terra gira
em torno de seu próprio eixo a uma velocidade de 1.700 km por hora e ao redor
do Sol a 107.000 km por hora. E tem mais, que parece também inacreditável, o
Sol e todo o sistema solar gira em relação ao centro da nossa Galáxia a uma
velocidade de 1.000.000 (um milhão) de km/hora. Então a pergunta que não cala
é: como o tempo poderia ser apenas e simplesmente uma continuidade repetitiva?
Isso, sem considerarmos que o Universo está em constante expansão, sabe-se lá
para onde, para que, e a que velocidade? São lembrados como auspiciosos ou
marcados por crises variáveis. José, ao interpretar o sonho do faraó, foi o
primeiro a estabelecer os ciclos, referindo-se aos sete anos de vacas magras
como anos de frustrações e os sete anos de vacas gordas como tempos de fartura.
Muito mais tarde, já no século 20, historiadores franceses e alemães
estabelecerem a existência de ciclos de longa e de curta duração, favoráveis ao
desenvolvimento ou catastróficos. Dentro dos ciclos de longa duração interpõem-se
ciclos de curta duração, ora um pouco mais favoráveis, ora piores. Em abrangência
ao nosso país, a crise se deu em níveis mais severos. Inflação, desemprego,
corte de programas sociais, corrupção. Dizem que as coisas nunca estão tão
ruins que não possam piorar, no entanto, há algo que não podemos perder jamais:
a esperança. Portanto elevemos os nossos olhos, almejemos coisas melhores,
façamos com que os nossos pensamentos positivos façam com que o mundo todo
conspire para termos em 2017 um ano que traga à sociedade mais justiça, mais
fraternidade, mais amor e igualdade.
Antônio
Scarcela Jorge.
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