quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2017

SCARCELA JORGE








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

O MODISMO DAS REFORMAS.

Nobres:
No âmbito de qualquer governo, (união, estados e municípios) o alto custo da máquina estatal não foi descoberto pelos economistas ontem, ainda que pareça, porque ultimamente só se fala disso. Agora, que a crise não é apenas mais uma previsão apocalíptica daqueles economistas. Agora, que cada cidadão sente no bolso os efeitos da crise, podemos nos perguntar baseados no senso comum de que não se deve gastar mais do que orçamento permite como é possível que tenhamos caído no canto de sereia dos nossos governantes, que nos venderam “prosperidade” ao custo de dívidas astronômicas, como se não fôssemos nós, os contribuintes, que iríamos pagar a conta eventualmente? Ora, vamos lembrar que, até bem pouco tempo, a mídia em peso estava ao lado da mãe do PAC. Havia pouco espaço para os analistas que tentavam alertar o cidadão comum, que não é versado em macroeconomia, sobre as conseqüências do “desenvolvimentismo”. Não apoiar os programas do governo era um atestado de coração de pedra; poucos ousavam fazê-lo em público. Considerando que é fortíssima a influência na formação dos economistas brasileiros, (que só faltam aplaudir o déficit público como sinônimo de giro de riquezas), e que esse pessoal dá a justificativa teórica perfeita para que os políticos possam interferir mais na economia aumentando o déficit, “caneteando” os juros, imprimindo moeda sem lastro, gastando mais, e claro, roubando mais. governos populistas são a fome e a vontade de comer: o nosso dinheiro! Que o Brasil nunca esqueça essa lição. Renegociar as dívidas dos estados com a União é empurrar o problema com a barriga. Corte de gastos deve ser a regra de ouro para os governos futuros. Toda a vez que no Brasil se fala em reformas que pretendem colocar freio no crescimento desenfreado do Estado o qual muito cinicamente se autojustifica alegando trabalhar em prol dos direitos sociais pode apostar: dos centros acadêmicos, das repartições públicas, das centrais sindicais, dos movimentos sociais sairão muitos daqueles cidadãos conscientes rasgando as vestes, pichando muros, vandalizando geral e gritando alto em todos os espaços onde têm voz. Vândalos são caso de polícia, e histéricos em geral não podem ser levados a sério. O Brasil já testemunhou o mesmo tipo de indignação: barulhenta, ideológica e inconseqüente, que agora vemos contra a PEC do Teto, quando da aprovação do Plano Real e da Lei de Responsabilidade Fiscal, e sob a alegação dos mesmos motivos: os pobres serão prejudicados. Já vimos este filme “a cores e em preto e branco” como, por exemplo, “o gigante da maratona” trazido para o Cine Eldorado nos anos sessenta em Nova-Russas quando quebrava a fita incontáveis vezes, bem semelhante a velha retórica que se instituição verbete em todos os tempos.
Antônio Scarcela Jorge.

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