PF PEDE MAIS PRAZO PARA ENCERRAR INQUÉRITO SOBRE SÍTIO DE ATIBAIA.
Polícia investiga se propriedade em nome de empresários pertence a Lula.
Delegado diz que análise de documentos está na fase final.
A Polícia Federal pediu ao Ministério Público Federal
que o prazo para o encerramento de um inquérito contra o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva seja prorrogado.
De acordo com o despacho do delegado Márcio Anselmo, a
investigação apura se um sítio no município de Atibaia, em São Paulo, pertence
ao ex-presidente.
O sítio está registrado em nome dos empresários Jonas
Suassuna e Fernando Bittar, sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula
da Silva.
No entanto, os investigadores dizem que há indícios de
que a propriedade pertenceria ao ex-presidente e de que a escritura apenas
oculta o nome do verdadeiro dono. A defesa de Lula nega que ele seja dono do
imóvel.
Conforme o despacho de Márcio Anselmo, ainda falta
analisar documentos que foram apreendidos na deflagração da 24ª fase da
Operação Lava Jato, que teve Lula como alvo.
O MPF, no entanto, ainda não decidiu se vai aceitar o
pedido do delegado.
Sítio é parte de investigação.
O imóvel em Atibaia é
apenas uma das investigações sobre possíveis casos de ocultação de patrimônio
envolvendo o ex-presidente.
Além dessa situação, também há um apartamento tríplex,
no Guarujá, litoral paulista, cuja propriedade também é atribuída pelos
investigadores ao ex-presidente.
Outros dois casos semelhantes envolvem o Instituto
Lula. Conforme investigações, um terreno em São Bernardo do Campo e o
apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, na mesma cidade, teriam sido
usados como pagamento de propina pela Odebrecht a Lula.
A empreiteira teria comprado os dois imóveis e cedido
a Lula, com contratos fraudados, em nome de terceiros.
Essas situações já geraram processos contra Lula na
Justiça Federal. Em todos os casos, o ex-presidente nega que seja dono dos
imóveis.
Sobre o apartamento, a defesa diz que Lula visitou o
imóvel na condição de possível comprador, mas que desistiu do negócio.
Sobre os imóveis envolvendo a Odebrecht, a defesa diz
que o terreno nunca foi usado pelo Instituto Lula.
Em relação ao apartamento vizinho, os advogados
reconhecem que Lula usa o imóvel desde que se tornou presidente. No entanto, a
defesa afirma que o local foi alugado pelos donos.
Fonte: G1 – PR.
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