SUSPEITO DE EXTORSÃO, MARCELO ARAÚJO SE ENTREGA À POLÍCIA EM CURITIBA.
Ex-secretário da capital paranaense teve prisão preventiva decretada.
O advogado Marcelo Araujo, suspeito de participar de
uma armação para extorquir dinheiro de empresários e pessoas conhecidas no
Paraná, se entregou à polícia nesta terça-feira (3).
A informação foi confirmada pela Secretaria de
Segurança Pública. A prisão preventiva contra Araujo, que foi secretário
municipal de Trânsito de Curitiba na gestão do ex-prefeito Luciano Ducci
(PSB), foi decretada no dia 28 de
dezembro.
Araújo e o bruxo Chik Jeitoso foram presos
temporariamente pela Operação Lomax em 20 de dezembro de 2016.
Segundo as investigações, a dupla exigia dinheiro para
que fossem retiradas de redes sociais acusações feitas a respeito de
empresários, políticos e artistas de televisão. Os suspeitos, segundo a
polícia, chegaram a exigir R$ 5 milhões de uma das vítimas.
Três dias depois após a operação, Araujo conseguiu na
Justiça uma decisão de liberdade provisória. Chik Jeitoso, que também teve a
prisão preventiva decretada, está detido no Centro de Custódia em Piraquara, na
Região Metropolitana de Curitiba.
Anteriormente, a Justiça já havia determinado a
prorrogação da prisão temporária de ambos.
Marcelo Araujo passou a ser considerado foragido a
partir do momento em que a polícia realizou diligências em endereços ligados a
ele em Curitiba e em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, e não o
encontrou.
Como agiam.
De acordo com o delegado Renan Ferreira, a dupla dizia
para as vítimas que caso o dinheiro não fosse pago, o bruxo publicaria
denuncias de estupro e pagamento de propina na internet. Ainda conforme as
investigações, os suspeitos chegaram a ameaçar de morte as vítimas.
Ele queria derrubar a pessoa politicamente. Esse era o
objetivo dele, e ele deixava isso bem claro.
Para conseguir isso, ela atraia alguma pessoa, que
aceitasse registrar um boletim de ocorrência, para que esse boletim causasse um
dano muito grande, explicou o delegado no dia em que a operação foi deflagrada.
Segundo a polícia, os personagens existiam, porém, a
veracidade dos fatos não foi possível confirmar.
Marcelo Araújo, conforme as investigações, era
responsável por exigir do advogado das vítimas a quantia indevida. “Ele era a
pessoa que falava: olha, eu garanto que a pessoa que foi levada a registrar o
boletim de ocorrência não vai falar nada, ela vai se calar”, exemplificou o
delegado.
A polícia disse não ter conhecimento de que as vítimas
tenham feito o pagamento. Segundo o delegado, para que o crime de extorsão seja
caracterizado não é necessário o pagamento, basta a exigência.
Chik Jeitoso e Marcelo Araújo foram candidatos a
vereador na última eleição.
Fonte: G1 – PR.
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