GOVERNO MUDA REGRAS PARA DIMINUIR NÚMERO DE OBRAS PARADAS NO PAÍS.
Portaria abaixa o valor do repasse antes do começo das construções de 50% para 20 %.
O governo publicou na segunda-feira (2) no Diário
Oficial da União portaria interministerial com regras para transferência de
recursos da União a estados e municípios por meio de convênios e contratos.
O objetivo é diminuir o número de obras paralisadas vinculadas
a esse tipo de acordo.
A nova norma altera regras sobre o repasse das
transferências voluntárias da União no início de cada convênio ou contrato,
determinando que o pagamento antes do começo das obras caia de 50% para 20%.
Além disso, o adiantamento por parte do governo só
poderá ser feito após a homologação da licitação.
A portaria é assinada pelos ministérios do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; da Fazenda, e da Transparência,
Fiscalização e Controladoria-Geral da União. O documento regulamenta o Decreto
8.943, publicado no fim de 2016.
Adiantamento.
A portaria também determina a devolução dos recursos
quando não houver início da obra em até seis meses após a liberação do
adiantamento.
O dinheiro também deverá ser devolvido quando houver a
paralisação da obra.
Também está proibida a readequação de projetos de
obras enquadrados na faixa simplificada, ou seja, com valores entre R$ 250 mil
e R$ 750 mil.
Segundo o Ministério do Planejamento, a portaria
também facilita a fiscalização dessas obras de menor porte. Pelas novas regras,
deve haver prestação de contas financeiras desde a liberação da primeira
parcela até o último pagamento de despesas das obras.
Obras em SP.
Na capital paulista, a falta de repasses financeiros
do governo federal e impasses com desapropriações de terrenos são os principais
problemas apontados pela Prefeitura de São Paulo para a não conclusão das mais
de 180 obras em andamento.
Segundo o professor de Direito Público da Fundação
Getúlio Vargas (FGV) Carlos Ari Sundfeld, a queda na arrecadação e a falta de
repasses são os principais fatores para que obras não sejam concluídas.
"Ele o prefeito faz um planejamento com o que é
previsto para os próximos quatro anos de governo, mas a realidade pode mudar, a
arrecadação pode cair", explicou.
Fonte: Último Segundo.
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