SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
COSTUMEIRA ROTINA.
Nobres:
Se tornou corriqueiro no que a educação no país veio nos mostrar os dados do Pisa, que
não houve avanços na qualidade da educação básica brasileira. De 70 países, o
Brasil ficou na constrangedora 65.ª posição, à frente apenas de Argélia,
Tunísia, República Dominicana e de duas ex-repúblicas da antiga Iugoslávia,
Macedônia e Kosovo. Essa revelação envergonha e preocupa. Mais de 70% dos
estudantes brasileiros não atingiram o nível 2 de ensino, numa escala que vai
de zero a 6. A pesquisa mostra mais uma vez como o país não está fazendo o
dever de casa, ao deixar de priorizar a educação, maior alavanca do
desenvolvimento humano e, por conseguinte, econômico e social. Os números
negativos, se devidamente mapeados, podem ajudar a lançar luzes sobre como
podemos virar o jogo e ainda servir como bússola orientadora do caminho a ser
percorrido. Simples? Nem um pouco, dada a nossa dimensão geográfica de
proporções continentais, retalhada por toda sorte de desigualdades. Mas não há
dúvidas de que podemos fazer melhor. Essa guinada necessita de um movimento da
nação que promova um diálogo sério e comprometido com a prática de mudanças no
menor espaço de tempo possível, envolvendo profissionais da educação e
instâncias governamentais de todas as esferas. Está cada vez mais claro que o
professor em sala de aula precisa aperfeiçoar metodologias de ensino para
assegurar o direto de aprender. Deve ser capaz de fazer qualquer aluno
aprender, potencializando os conhecimentos anteriores e paralelos em favor da
construção de sentido e significado para o que se pretende ensinar de novo.
Antônio Scarcela Jorge.
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