ENERGIA ELÉTRICA ACUMULA ALTA DE 49,03% ATÉ OUTUBRO, APONTA
IBGE.
Segundo órgão, energia será a principal pressão no custo de vida em 2015.
De janeiro a outubro, inflação acumula alta de 8,52%, a maior desde 1996.
A energia elétrica acumula alta de 49,03% no ano, até
o mês de outubro, e é apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) que mede a
inflação oficial do país através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) como a principal pressão no custo de vida dos brasileiros em 2015.
“Ninguém vai
tirar esse status dela de vilã da inflação em 2015”, afirmou a coordenadora de
Índice de Preços do órgão, Eulina Nunes dos Santos.
De acordo com a especialista, o aumento de 16% na
tarifa de energia elétrica no Rio de Janeiro, que acontecerá a partir deste
sábado (7), vai impactar ainda a inflação oficial do país em novembro.
“É relevante sim o reajuste para o resultado do IPCA
de novembro, principalmente por conta do peso que tem o Rio de Janeiro na
pesquisa, da magnitude do reajuste, que é 16%, e do peso da energia no Rio”,
afirmou a coordenadora.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou
nesta quarta-feira (5), durante Reunião Pública Extraordinária de Diretoria,
reajuste tarifário da concessionária Light Serviços de Eletricidade S/A, e os
novos valores serão aplicados para 3,7 milhões de unidades consumidoras,
localizadas em 31 municípios do Rio de Janeiro.
“Quando se trata dos administrados e do que se espera ainda por vir no ano de 2015, poucos itens, porque os ônibus praticamente todos os estados já aumentaram, a energia também deu seu quinhão, sendo o principal item de pressão no custo de vida do brasileiro nesse ano, para novembro, alguns itens monitorados ainda vão aumentar. O mais importante deles, pelo peso que tem na vida da gente, é a energia elétrica, tendo em vista o reajuste que vai acontecer a partir de amanhã no Rio de Janeiro”, concluiu.
Outros reajustes.
A coordenadora apontou ainda que, em São Paulo, houve
reajuste de 15,5% em uma das concessionárias de energia elétrica, a partir do
dia 23 de outubro. No entanto, de acordo com ela, “essa que aumentou não é a
mais importante”. “No Rio são duas concessionárias, e essa que vai reajustar é
a mais forte [pois abastece um número maior de residências”.
Além da conta de luz, outros reajustes também podem
impactar o IPCA de novembro, como a aumento de 14,58% do ônibus urbano em
Fortaleza, a partir do dia 7 de novembro, a alta de 9,63% no táxi da Goiânia,
que ocorreu em 12 de outubro, e a telefonia de celular, onde uma operadora
aumentou 18,18% a partir da segunda quinzena de outubro.
O aumento de 8% na tarifa de alguns bancos, que
ocorreu também a partir da segunda quinzena do mês dez, e o reajuste de 9,68%
do ônibus urbano em Belo Horizonte, a partir do dia 25 de outubro, também será
considerado.
Na contramão dos aumentos, contudo, no Rio de Janeiro,
o gás encanado ficou 0,48% mais barato, a partir do dia primeiro de novembro.
IPCA avançou a 8,52% em outubro
Em outubro, os brasileiros tiveram de gastar ainda
mais para morar, comer e se locomover. O aumento desses custos acabou
impactando a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que passou de 0,54% em setembro para 0,82% no mês seguinte, atingindo a
maior alta para o período desde 2002.
Os recordes negativos também são vistos em outras
bases de comparação. No ano, o IPCA acumula alta de 8,52%, a maior para o
período de janeiro a outubro desde 1996, quando ficou em 8,70%. Em 12 meses, o
indicador foi para 9,93% e é o mais elevado, considerando o período, desde
2003, quando chegou a 11,02%.
“Negativismo perenemente”.
Fonte: G1 – RJ.
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