sábado, 7 de novembro de 2015

GOVERNO SEM INVESTIMENTO NO SETOR ENERGÉTICO E EM TODAS AS ÁREAS PRIORIZOU A NEGOCIATA


ENERGIA ELÉTRICA ACUMULA ALTA DE 49,03% ATÉ OUTUBRO, APONTA IBGE.


Segundo órgão, energia será a principal pressão no custo de vida em 2015.


De janeiro a outubro, inflação acumula alta de 8,52%, a maior desde 1996.


A energia elétrica acumula alta de 49,03% no ano, até o mês de outubro, e é apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mede a inflação oficial do país através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como a principal pressão no custo de vida dos brasileiros em 2015.

 “Ninguém vai tirar esse status dela de vilã da inflação em 2015”, afirmou a coordenadora de Índice de Preços do órgão, Eulina Nunes dos Santos.

De acordo com a especialista, o aumento de 16% na tarifa de energia elétrica no Rio de Janeiro, que acontecerá a partir deste sábado (7), vai impactar ainda a inflação oficial do país em novembro.

“É relevante sim o reajuste para o resultado do IPCA de novembro, principalmente por conta do peso que tem o Rio de Janeiro na pesquisa, da magnitude do reajuste, que é 16%, e do peso da energia no Rio”, afirmou a coordenadora.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta quarta-feira (5), durante Reunião Pública Extraordinária de Diretoria, reajuste tarifário da concessionária Light Serviços de Eletricidade S/A, e os novos valores serão aplicados para 3,7 milhões de unidades consumidoras, localizadas em 31 municípios do Rio de Janeiro.

“Quando se trata dos administrados e do que se espera ainda por vir no ano de 2015, poucos itens, porque os ônibus praticamente todos os estados já aumentaram, a energia também deu seu quinhão, sendo o principal item de pressão no custo de vida do brasileiro nesse ano, para novembro, alguns itens monitorados ainda vão aumentar. O mais importante deles, pelo peso que tem na vida da gente, é a energia elétrica, tendo em vista o reajuste que vai acontecer a partir de amanhã no Rio de Janeiro”, concluiu.


Outros reajustes.

A coordenadora apontou ainda que, em São Paulo, houve reajuste de 15,5% em uma das concessionárias de energia elétrica, a partir do dia 23 de outubro. No entanto, de acordo com ela, “essa que aumentou não é a mais importante”. “No Rio são duas concessionárias, e essa que vai reajustar é a mais forte [pois abastece um número maior de residências”.

Além da conta de luz, outros reajustes também podem impactar o IPCA de novembro, como a aumento de 14,58% do ônibus urbano em Fortaleza, a partir do dia 7 de novembro, a alta de 9,63% no táxi da Goiânia, que ocorreu em 12 de outubro, e a telefonia de celular, onde uma operadora aumentou 18,18% a partir da segunda quinzena de outubro.

O aumento de 8% na tarifa de alguns bancos, que ocorreu também a partir da segunda quinzena do mês dez, e o reajuste de 9,68% do ônibus urbano em Belo Horizonte, a partir do dia 25 de outubro, também será considerado.

Na contramão dos aumentos, contudo, no Rio de Janeiro, o gás encanado ficou 0,48% mais barato, a partir do dia primeiro de novembro.


IPCA avançou a 8,52% em outubro

Em outubro, os brasileiros tiveram de gastar ainda mais para morar, comer e se locomover. O aumento desses custos acabou impactando a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passou de 0,54% em setembro para 0,82% no mês seguinte, atingindo a maior alta para o período desde 2002.

Os recordes negativos também são vistos em outras bases de comparação. No ano, o IPCA acumula alta de 8,52%, a maior para o período de janeiro a outubro desde 1996, quando ficou em 8,70%. Em 12 meses, o indicador foi para 9,93% e é o mais elevado, considerando o período, desde 2003, quando chegou a 11,02%.
“Negativismo perenemente”.
Fonte: G1 – RJ.

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