COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
O MODELO DA CHARLATANICE.
Nobres:
Até quando a nossa sociedade deve suportar a escalada
da inflação provocada pela roubalheira inserida pelos governos petistas, isto é
claro e transparente em face dos acontecimentos que fazem a escalada corrupta
do nosso dia a dia. Porém o que se torna insustentável para esta seita partidária,
é “nomear” de projeção à tendência de não assumir responsabilidade pelos
próprios maus atos e jogar a culpa sobre os outros. Também é sempre dos outros
a culpa pelos sofrimentos de quem padece da síndrome da projeção, que a
“cartilha petista” expressa algo muito comum nos tempos petistas. É muita
enganação assentada nas 34 páginas do documento Em defesa do PT, da verdade e da democracia são o retrato pronto
e acabado para qualquer cidadão da sociedade comum que é este o mal que acomete
o lulopetismo. Trata-se de um documento produzido pela cúpula nacional do
partido, uma espécie de modelo para ensinar seus militantes a defender a honra
(que honra!) do PT responsabilizando o alheio pelo início, meio e fim dos descalabros
de corrupção que infestam o noticiário. A tática falaciosa não é nova, mas o
PT não tem vergonha de recorrer a ela na cartilha que prescreve que os
escândalos postos pela Operação Lava Jato não são invenção do PT e que foram superdimensionados
depois da primeira eleição de Lula, em 2002, por obra da “mídia monopolizada”
com a “colaboração solerte de políticos de vários partidos, de setores do
Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal”, todos empenhados numa
“campanha de cerco e aniquilamento”. “Mais que nunca diz a “cartilha” (também
um meio para aprendizado a corrupção), a escalada de mentiras, calúnias, factóides,
distorções, manipulações sucedem-se na tentativa, cada vez mais evidente, de
criminalizar o PT e sonho sempre perseguido pelas classes dominantes de riscar
o partido do mapa brasileiro”. A cartilha culpa a Lava Jato pelo desemprego: o
combate à roubalheira seria, então, mais prejudicial que a manutenção da
pilhagem? O documento não se contenta em dissertar sobre uma tese que explique
a onda antipetista que varre o país, mas chega ao terreno prático, dando nomes
e funções daqueles que, a seu ver, fazem parte do exército empenhado na
desconstrução do “companheiro Luiz Inácio Lula da Silva” e do partido. Entre
outros, cita o juiz Sergio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e o ministro do
STF Gilmar Mendes, e se socorre até mesmo de delatores e investigados, como os
notórios Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Fernando Baiano e
Renato Duque, na tentativa de provar que a história de corrupção na Petrobras
começou bem antes da ascensão do PT ao poder. Mas e a afirmação de Barusco,
segundo a qual a rapinagem na Petrobras só se tornou “institucionalizada” a
partir de 2003? Não, essa não entrou na cartilha. Neste diapasão, o PT também
se refere ao mensalão como um caso de “mitologia”; não existiu. O leitor da
cartilha imaginará que os “companheiros” foram condenados por justiceiros, sem
provas e com base simplesmente no exótico entendimento jurídico do “domínio do
fato”. Por esse ângulo, o petrolão é irmão siamês do mensalão. Também condena
sem provas, diz a cartilha, e dedica especial predileção aos petistas flagrados
em maracutaias, dispensando do rigor da lei outros partidos (especialmente o
PSDB) que também receberam em igual ou maior monta recursos supostamente
originados no esquema de propinas. Aliás, o documento ainda afirma que a
Petrobras nem foi prejudicada com a distribuição generalizada de recursos, nem
são eles ilícitos, já que as doações feitas pelas empresas saíram de suas margens
de lucro e não em razão do “super-faturamento” nas obras ou de fraude em
licitações. Mas, se é assim, como a Petrobras chegou ao posto de empresa mais
endividada do mundo? O leitor da cartilha terá de achar a resposta em outro lugar.
Os militantes petistas são incentivados a reproduzir nas redes sociais e, por
outros meios, a íntegra ou trechos da cartilha, nos quais se conta também que
foi obra do PT, nunca antes na história reproduzida por qualquer partido, a
transformação do Brasil num país que venceu a miséria e elevou milhões à classe
média. Detalha os números deste progresso, mas não se refere ao fato de que a
política econômica que abriu lampejos de prosperidade é a mesma que hoje
devolve multidões à pobreza. E de quem foi o mérito da estabilização, que
permitiu ao PT desenvolver os programas de distribuição de renda? Isso a
cartilha não conta. Ao reconhecer que o país hoje enfrenta uma crise,
especialmente de desemprego, o PT também encontra na Lava Jato a culpa pela
desgraça: por ter identificado, prendido e condenado donos das grandes
empreiteiras, Sérgio Moro e seus auxiliares do MP e da PF conseguiram paralisar
obras, frear investimentos e espalhar as sementes da desconfiança generalizada
na economia, num caso inédito em que o combate à roubalheira seria mais
prejudicial que a manutenção da pilhagem. Devemos mesmo crer nisso? Para o PT
que ensina em cartilha, o adágio: “o
inferno são os outros”. São ensinamentos, ou melhor: - orientação das lições de
hipocrisia, assentada na doutrina corrupta do PT que em parte vivencia o país.
Em síntese; é simplesmente lastimável.
Antônio
Scarcela Jorge.
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