CPI DO BNDES MARCA
PARA TERÇA DEPOIMENTO DE BUMLAI, AMIGO DE LULA.
Pecuarista é suspeito de ter recebido propina de lobista investigado.
Comissão quer que ele esclareça suspeita de tráfico de influência.

Ele foi convocado em sessão da CPI do BNDES ocorrida na semana passada. Como se
trata de convocação, Bumlai é obrigado a comparecer. Ele só poderá adiar a data
marcada pela comissão se houver justificativa para a ausência, como atestado
médico ou morte de parente próximo.
Pecuarista do Mato Grosso do Sul e
empresário do setor sucroalcooleiro, Bumlai tinha acesso franqueado ao gabinete
de Lula durante os oito anos em que o petista comandou o Palácio do Planalto.
Os dois se conheceram em 2002, apresentados pelo ex-governador
sul-matogrossense Zeca do PT, e
estreitaram a relação nos anos seguintes.
Um dos delatores da Operação Lava Jato, o lobista
Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou em depoimento ao Ministério
Público Federal que repassou R$ 2 milhões a Bumlai referente a uma
comissão a que o pecuarista teria direito por incluir Lula em uma negociação
para um contrato.

Os R$ 2 milhões, ressaltou o delator, seriam repassados
a uma das noras de Lula para quitar uma dívida imobiliária.
Ainda segundo Fernando Baiano, o pagamento foi feito a
pedido de Bumlai, que, em contrapartida, se comprometeu a ajudá-lo a agendar
uma audiência entre o ex-presidente da República
com João Carlos Ferras, então presidente da Sete Brasil, uma das fornecedoras
da Petrobras.
Na época, a Sete Brasil negociava com a estatal do
petróleo contratos para exploração do pré-sal que incluiriam a empresa OSX.
Baiano contou ao Ministério Público que o negócio não foi adiante, mas que,
mesmo assim, ele pagou os R$ 2 milhões prometidos a Bumlai.
Em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo” publicada
no dia 25 de outubro, Bumlai desmentiu Fernando Baiano, negando ter pedido
propina para uma das noras de Lula.
Ao jornal, o pecuarista disse que não é tão próximo de
Lula como vem sendo noticiado pela imprensa, mas confirmou que levou um
empresário do setor de petróleo para uma audiência com o ex-presidente, em 2011,
a pedido de Baiano.
Fonte: G1 – DF.
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