Ministro da Fazenda participou de evento no Rio de Janeiro.
Ele disse ter confiança de que a empresa vai superar a fase atual.
O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou durante
evento de Reavaliação do Risco Brasil que, no Centro do Rio, nesta
segunda-feira (23), que a Petrobras terá que se reinventar ainda mais após a
queda dos preços dos comodites.
"Resta pouca dúvida que há muita coisa para fazer
na área de petróleo.
A Petrobras está se reinventando, acho que ela tem que se
reinventar ainda mais. É uma empresa que já mostrou que é capaz de se
reinventar, e acho que se dermos espaço para ela respirar, tenho confiança que
ela vai conseguir superar a fase atual e continuar fazendo coisas essenciais
para o Brasil.", declarou.
Levy afirmou ainda que no Rio de Janeiro, cidade onde
fica a sede da Petrobras, que empresas que tiveram sucesso nos últimos 15 anos,
relacionado aos clientes commodities, estão passando por ajustes, "uma
mais forte do que a outra".
"Mas tanto na parte de minério quanto na parte de
óleo, a mudança nos preços dos comodites tem impacto importante",
concluiu.
De acordo com ele, esse momento é uma "grande
oportunidade de a gente poder desenvolver uma porção de outros setores no
Brasil e tornar ainda mais eficientes esses próprios setores", concluiu.
O ministro da Fazenda declarou ainda que o ajuste
fiscal está quase concluído "do ponto de vista intelectual", contudo,
que as medidas precisam enfrentar a questão política, de votação no Congresso.
“Muita gente só pensa no ajuste fiscal. Acho que o
ajuste fiscal é muito importante. Tendo em vista do ponto de vista intelectual,
o ajuste fiscal está quase que concluído”, afirmou Levy.
O ministro comentou ainda, no evento organizado pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro (Firjan), a meta de superávit, em 0,7% do PIB, para o ano que vem.

"Se você vai postergando as coisas, que 0,7 ao
longo de um ano é uma coisa, 0,7 ao longo de 8, 9 meses é muito mais
difícil". "Então, 0,7 é factível, mas quanto mais tempo demorar, mais
difícil será", concluiu.

"São setores competitivos a nível internacional.
O câmbio que está aí, o turismo pode ser um fator de crescimento, relativamente
de curto prazo. O próprio setor de petróleo do Brasil pode ser bastante
competitivo, mesmo com o preço do petróleo baixo".
De acordo com ele, o setor de máquinas e equipamentos
"pode desenvolver realmente uma liderança". Ele completou ainda que a
parte da aviação tem hoje também uma "posição bastante forte".
O
ministro ressaltou, no entanto, que uma questão que se coloca é a estratégia
para aumentar a produtividade. De acordo com ele, "se a gente não resolver
as questões fiscais, se a gente não resolver questões do gasto, a gente
continuará tendo problema com a política monetária, com os juros, em longo
prazo".
"A dificuldade disso é que para o financiamento
da nossa economia, se torna muito difícil dessa forma, porque os mecanismos
tradicionais da produção estão esgotados. (...) o BNDES tem 60 anos, FGTS, a
caderneta de poupança, tudo isso tem mais 50 anos, ou completa 50 anos, e
quando a gente olha isso, tudo isso tem tamanho que já se esgotou".

"O Brasil cresceu demais, é uma boa noticia isso.
Isso quer dizer que 50 anos depois, o Brasil é grande o suficiente para buscar
novos mecanismos", completou.
Fonte: G1 – DF.
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