sábado, 21 de novembro de 2015

BRASIL - IMPUNIDADE ABSOLUTA - SIMILAR A PETROBRAS - PRESIDENTE NEGOCIA COM O GOVERNO (A SALVAÇÃO DE AMBOS) - EM CONSEQÜÊNCIA, O POVO É QUEM SE LASCA


CUNHA MANOBRA, MAS SOFRE REAÇÃO NA CÂMARA.


Depois de conseguir adiar a sessão do Conselho de Ética para a semana que vem, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi alvo de forte reação dos parlamentares, que chegaram a abandonar o plenário da Casa em protesto.

Com o auxílio do PT, de manobras regimentais e de uma coordenada tropa de choque, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguiu ontem atrasar a tramitação de seu processo de cassação, mas foi alvo de uma forte reação de deputados de vários partidos, que agora ameaçam obstruir as próximas sessões.

Pela primeira vez desde que assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro, o peemedebista teve seu comando questionado no plenário de forma relevante, com críticas nos microfones e uma debandada de cerca de cem deputados, o que acabou derrubando a sessão que ele presidia por falta de quórum.

Um dos momentos mais constrangedores para Cunha, que presidia a sessão no plenário, ocorreu quando a deputada federal Mara Gabrilli (SP), do até pouco tempo atrás aliado PSDB, reclamou das manobras que haviam inviabilizado mais cedo a sessão do Conselho de Ética, colegiado que julga o processo de Cunha.

"O senhor está com medo, senhor presidente, é isso que está acontecendo?", falou Gabrilli olhando em direção a Cunha, que permaneceu calado. "Chega, senhor presidente, o senhor não consegue mais presidir. Levanta dessa cadeira, Eduardo Cunha."

Integrantes dos três principais partidos de oposição na Câmara (PSDB, DEM e PPS) ameaçam iniciar um movimento para obstruir todas as votações no plenário como forma de pressionar Cunha a se afastar do cargo.

Na manhã de ontem, o Conselho de Ética se reuniu para a apresentação do parecer preliminar do relator, Fausto Pinato (PRB-SP), que pede investigação contra Cunha. Ele foi denunciado sob acusação de integrar o esquema de corrupção da Petrobras, além de ter escondido um patrimônio milionário no exterior.

Aliados do presidente tentaram esvaziar a sessão com objetivo de derrubá-la por falta de quórum. O número mínimo de 11 dos 21 integrantes do Conselho só foi atingido às 10h23min, 53 minutos após o horário convocado.

Segundo esses aliados, a sessão nem deveria ter sido aberta, já que o regimento da Câmara estabelece meia hora para se ter quórum.

Os três integrantes titulares do PT no Conselho não apareceram, cumprindo um acordo que envolve o congelamento por Cunha dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Só depois de o número mínimo ter sido atingido chegou um suplente do PT, Assis Carvalho (PI). Depois, vieram Zé Geraldo (PT-PA) e Valmir Prascidelli (PT-SP).
Com o quórum atingido, começou a reunião do Conselho, mas Cunha, então, abriu a chamada "ordem do dia", que derrubou a sessão no Conselho, como determina o regimento.
Fonte: Folhapress.

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