COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
POLÍTICOS ESCUSOS PROPICIAM O JOGO DE INTERESSES.
Nobres:
Diante da decisão do PSDB, principal partido de
oposição, de retirar o apoio ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fecha-se o
cerco em torno do presidente da Câmara, acusado de ser beneficiário do esquema
de corrupção da Petrobras e de ter mentido a seus pares sobre a propriedade de
recursos não declarados no Exterior. Se o próprio acusado não adotar uma
decisão mais sensata como, por exemplo, renunciar ao cargo, será necessário dar
celeridade ao seu julgamento pela Comissão de Ética. Obviamente, o processo
precisa obedecer aos ritos legais e ao princípio da presunção de inocência. Não
é admissível, porém, que o Congresso tenha seu funcionamento descontinuado num
momento em que o país aguarda ansiosamente por decisões que destravem a
economia. Diante da gravidade das denúncias e do fato de que, quanto mais tenta
se explicar, mais se mostra enredado nas suspeitas, o parlamentar perdeu o
apoio de integrantes da oposição para os quais representava uma perspectiva de
o processo de impeachment da presidente da República ser levado adiante. Agora,
mantém o aval de integrantes de 13 partidos, 12 dos quais da base aliada, mais
pelo temor de que o impedimento de torne realidade no que pela crença em sua
inocência. É inadmissível que, em meio a um jogo de interesses políticos do
tipo “salve – se” quem puder, o país continue com sua economia se deteriorando
por falta de um ajuste fiscal. Hábeis para agir em causa própria, os parlamentares
deveriam demonstrar o mesmo empenho para colocar em votação temas com potencial
para destravar a economia. Quanto mais tempo durar o impasse, maior será a
conta a ser paga por todos os brasileiros. Será que a sociedade terá que
suportar tamanha anarquia.
Antônio
Scarcela Jorge.
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