Presidente da
Câmara se encontrou com deputado tucano e deixou clara a indignação.
Cunha deverá enfrentar processo de cassação no
Conselho de Ética.
Informado em "tempo real" sobre a entrevista
coletiva da bancada do PSDB anunciando rompimento na manhã desta quinta-feira
(12), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
descarregou sua fúria sobre o vice-líder da bancada tucana, Nilson Leitão (MT).

O vice-líder foi conversar com Cunha sobre a
instalação da CPI da FUNAI, mas logo que abriu a porta foi
"metralhado" com uma série de adjetivos negativos.
Segundo as
testemunhas, Leitão ouviu as reclamações e disse que ele deveria procurar o
líder Sampaio. Na avaliação de Cunha, os tucanos foram ingratos porque a
oposição nunca ganhou tanto protagonismo numa legislatura como agora.
A oposição foi contemplada com espaço na Mesa
Diretora, com funções de destaques nas CPIs, com votações de interesse das
bancadas oposicionistas e com um amplo palanque no plenário para atacar e
derrotar o governo. Aliados de Cunha disseram que o peemedebista ficou "enfurecido"
e "revoltado" com a postura do PSDB.

Agora ele já não sabe se Cunha anunciará mesmo nesta
semana um novo rito para o processo de impeachment, como havia prometido.
"Acho que foi mal (a ruptura) porque, no meu ponto de vista, abriram mão
do impeachment. Jogaram Cunha no colo do PT", avaliou Paulinho.
Os oposicionistas estavam insatisfeitos com a postura
ambígua de Cunha sobre a abertura do processo contra Dilma.
Segundo líderes de
oposição, toda semana o peemedebista vinha apenas dando sinais de que poderia
deferir o pedido de afastamento de Dilma, mas não dava um passo firme em
direção a isso. "Ele sempre acena com a possibilidade", contou um
oposicionista reclamando da "embolação" do presidente da Câmara.
"O Cunha estava escolhendo o melhor caminho para
se salvar. Chega na hora do Cunha decidir e o PSDB pula do barco? Entrega ele
ao PT?", criticou um deputado próximo do peemedebista.
Fonte: Agência Brasil.
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